domingo, 31 de maio de 2009

Foco

Quem não se lembra do professor de física ensinando óptica? Ninguém também não se esquece que para a imagem seja nítida, ela deve estar no foco. Nós enxergamos desta forma. A imagem que vemos se forma no foco de nossos olhos.

Quando precisamos enxergar algum objeto muito longe usamos o binóculo. Sempre que vamos utilizar este aparelho é preciso ajustar as lentes para que o objeto fique no foco. Para enxergar um objeto muito perto, aumentando suas dimensões usamos o microscópio. A ciência dá jeito para tudo. Só não dá jeito no comportamento social das pessoas. O pior cego é aquele que não quer enxergar.

Imagine uma fábrica qualquer. Numa determinada semana o chefe de um setor notou que um grupo de funcionários refazia os trabalhos realizados da semana e de semanas anteriores. Refazer o que já foi feito é contraproducente e gera prejuízo. Seguramente alguém vai perder o emprego. Para que a empresa não vá à falência medidas devem ser tomadas.

A Polícia não é uma fábrica. Os delegados e os comandantes da Polícia sabem que os policiais refazem os trabalhos realizados na semana e de semanas anteriores. O produto que o policial produz é a prisão de bandidos. Quem não leu uma notícia de que a Polícia prendeu a mesma pessoa de manhã e à tarde? O trabalho foi feito e refeito. E o mais importante: sem desanimar. Porque deve ser desalentador não ver o monte de seu produto como é possível ver no final da jornada um monte de pares de sapatos.

Ouvi as palavras de um ilustre policial: o trabalho da Policia é enxugar o chão. A frase assim, fora do contexto não dá para enxergar. Transparece que a Polícia é a gata borralheira, mas no contexto de sua fala, está frase elucida as prováveis causas da falta de segurança pública.

O telhado da segurança pública tem tanta goteira que o chão está sempre molhado. Cabe a Polícia enxugá-lo. O que ninguém sabe, pelo menos eu não sabia, que a Polícia nunca foi convidada para consertar o telhado. O telhado do crime existe e faz acontecer. Resta a Polícia prender o bandido e explicar às autoridades como o fato ocorreu. Mas não tem voz para consertar o telhado. Somente deputados têm o poder consertá-lo.

Se somente os deputados podem promover reformas no telhado da segurança pública, então a culpa é da população. Não é a população que elege os deputados? É. Mas a culpa não é do povo, porque o povo sempre foi e sempre será conduzido. Cabe às lideranças traçar diretrizes para que a sociedade seja fraterna e todos sejam iguais e que possam viver em harmonia com as desigualdades próprias de cada ser.

Reformar uma casa pode ficar mais caro do que construir uma nova. Usando a figura de uma construção, o que será melhor reformar a Constituição e as leis ou formular uma nova Constituição ordenada por juristas e pessoas da sociedade civil organizada? E as leis ordenadas por profissionais da área a que a lei se refere. Policiais, promotores de justiça e juízes são profissionais da segurança pública.

Muito se fala, mas nada se faz é sobre a reforma tributária. Reforma pode ficar mais caro. Já escrevi neste espaço, que o povo mora no município. O direito dos municípios recolherem impostos é ínfimo. Mas é dever do município atender as necessidades da população.
A saúde é precária em todos os municípios do Brasil. Em Birigui também. O Vice presidente não mora num município. Ela mora no Brasil. Quem mora no Brasil pode ser tratado em países do primeiro mundo. O povo não.

O Congresso Nacional não vai propor nenhuma lei que estabeleça a distribuição automática das verbas para a saúde aos municípios. É uma questão matemática. Para cada número de habitante a verba deve ser proporcional. Não é porque o mensalão continua vivo e forte mandando na política.

A cidade de Birigui tem um alto índice de pessoas com câncer. Tenham a absoluta certeza. A causa não são os tubos de amianto da rede de água da cidade. Pode até serem forças desconhecidas, mas o que falta é verbas recolhidas em não aplicadas no setor da saúde e na segurança pública.

Não dá para enxergar o futuro. Nem com binóculo e nem com microscópio. Está tudo fora do foco.

sábado, 23 de maio de 2009

Muralhas

Muralhas sempre foram construídas. Se pequenas, chamam-se muros, tem a função de separar duas áreas. Dois quintais. Às vezes porque um vizinho é chato e o outro também. Outras vezes um vizinho é bom e o outro também, mas um tem um gato de estimação e o outro um cachorro. Um muro ou uma muralha sempre separa um conflito.

Na Idade das Trevas as muralhas serviam para cercar as cidades. Atualmente servem para separar a sociedade dos bandidos. Quando os bandidos estão presos, são as muralhas da penitenciária. Se os bandidos estão soltos, são as muralhas de nossas casas.

O Templo de Salomão também tinha muralhas. Nabudonosor destruiu o Templo. Depois foi construído o Segundo Templo. O Império Romano o destruiu. Só sobrou o Muro Ocidental. O Muro das Lamentações dos judeus. Embora tenha a denominação de muro é uma verdadeira muralha. Neste muro lamentam-se tudo. Até o fato de não ser mais possível construir o terceiro Templo. O motivo é que do outro lado estão as mesquitas. Uma muralha separa o mundo islâmico do mundo judeu.

Pensava-se que construir muralhas fosse pensamentos de épocas remotas. Não é. Pensava-se também que o Muro de Berlim fosse o último. Não foi. Israel construiu um muro em Jerusalém. Árabes e judeus ficaram apartados pelo muro.

A cidade do Rio de Janeiro também está construindo uma muralha. Vai separar as favelas de área de preservação permanente. O propósito é impedir que as favelas invadam o que resta da Mata Atlântica nos morros da cidade. É possível que isto não dê certo. Entretanto, muro, muralha, obstáculo são as barreiras que se constrói para impedir o avanço de um inimigo. No Rio de Janeiro o inimigo da mata é a sociedade urbana.

O futuro pode esta no passado. A maioria das pessoas não lê história. Mas Hollywood supre esta falta. Grandes produções retratam épocas. Helena. Quem não se apaixona por este nome. Não existe Helena que não seja sedutora e cativante. Pode ser que ela não se chame Helena. Ela precisa ser doce com é Mel. Helena de Tróia vivia atrás de uma muralha. Protegida não só pela muralha, mas por uma família e mais que uma família qualquer. Uma família que tinha o poder. O final da história todos sabe.

Ontem uma garotinha morreu. Seus pais doaram seus órgãos para transplante. A família dela era uma família qualquer. A semelhança com a família de Helena de Tróia é que também morava atrás de uma muralha. Não tão alta, mas provida de tecnologia de segurança contra invasores. Mas o invasor invadiu e lhe causou a morte.

A cidade do Rio de Janeiro quer construir muralhas para que o povo medíocre e sem cultura invada área de preservação ambiental. Matar a mata e como matar esta garotinha. Mataram o futuro. A dúvida é: será que este povo de favela vai respeitar o obstáculo de uma muralha? E não destruir o futuro com a extinção da Mata Atlântica?

Nos anos sessenta o governo do Estado da Guanabara tentou acabar com as favelas oferecendo moraria para aquele povo que se pensava ser sofrido. Não era, pois permaneceram nas favelas. Para quem vê fotos ou cenas retratadas em filmes nacionais, que pouco acrescenta na cultura de espectador, só vê um caos arquitetônico. Por que, então, os favelados continuam lá?

Pode ser que uma muralha invisível protege o povo dos morros cariocas. De um lado o crime organizado. Do outro as milícias. E o governo tudo assiste. Está colhendo o fruto plantado. Não coibiu o uso de droga. E pensou que jogo do bicho continuava sendo um atrativo para aumentar a visita ao zoológico. Urbanizou a favela e ela invadiu áreas de proteção ambiental. Destruir o meio ambiente e destruir a si próprio.

Construir muralha pode ser uma solução para proteger as famílias. Como Tróia. Os cariocas estão construindo uma muralha para proteger a Mata Atlântica. Aproveitando esta proposta protecionista, bom seria se as cidades construíssem muralhas para proteger nas reservas ambientais e as famílias. A muralha da consciência foi derrubada. Não há mais matas em nossa região. Crime ambiental dá cadeia.

Os outros crimes tornaram rotina. Roubam-se e compram-se produtos sem procedência, mesmo que sejam contrabandeados ou pirateados. Não há muralhas para conter o crime.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Segregação

Treze de maio. Celebra-se o quê? Aparição na cova de Iria ou ficar livre de alimentar os escravos negros em troca de trabalho? É isto. Não houve abolição. Melhor celebrar a aparição. Porque, segundo a declaração de um dirigente da Consciência Negra, os negros preferem celebrar a luta de Zumbi.

Luta lembra força. Contra uma força existe outra de igual intensidade e de sentido oposto. Seria possível aplicar a Terceira Lei de Newton em comportamentos sociais? Na verdade não parece ser um comportamento social, mas disputas políticas de minorias, cujos dirigentes, querem ocupar um cargo na administração pública. Ou tirar proveito do erário público, desfrutando dos programas sociais de um governo medíocre, que não ampara cidadãos brancos ou amarelos pobres. Toda pessoa tem valor e não cor.

Dois amigos brancos foram passear pela Europa. Começaram por Portugal. Em Coimbra, sentaram-se na varanda de uma padaria. Como se fosse a “Ceia dos Cardeais”, de Júlio Dantas, cada um começou a descrever como seria a mulher ideal para si. Na peça de Júlio Dantas os cardeais contaram que deixaram o mundo profano e optaram pelo clero, por não ter conseguido conquistar o grande amor de suas vidas. Os dois à mesa da padaria descreviam suas pretensões. Para um, teria que ser esbranquiçada loira e de olhos azuis. Na pior das hipóteses, olhos verdes. O outro, negra. Na pior das hipóteses mulata. Tanto um como o outro não são racistas. É questão de feromônio.

A questão religiosa existe e não deve ser motivo de segregação. Porque é uma questão de fé. O propósito fundamental das religiões é organizar a sociedade. Talvez não se aplique nos tempos atuais. Convém lembrar que, religião não tem nada a ver com igreja aberta no salão da esquina, que antes era um boteco.

Embora o sol nasça no oriente trazendo luz e energia, o ocidente se sobrepôs. Impôs a cultura ocidental no oriente. As pessoas não lêem a Bíblia nem o Alcorão. Livros do oriente. Alguém que não lê, poderia imaginar como a religião é a base da sociedade na Índia? Na Índia é normal pertencer à casta de baixo. Pode ser que um dia a casta deixará de existir. Talvez num dia treze de maio. Interessante. Lá não tem negro nem branco. Qual é a cor deles? Usos e costumes fazem parte da história.

Os políticos e este movimento consciência negra estão criando a segregação racial no Brasil. Os negros têm mais direitos que os brancos. A Constituição “Cidadã” diz que todos são iguais. Os criadores da segregação baseiam-se no passado. Aquela velha história de que os brancos escravizavam os negros. Alguns ativistas, em seus discursos, querem jogar no ombro da Igreja a concordância da escravidão, a que os negros eram submetidos, pelo fato dela não ter se oposto a política econômica da época.

Nos nossos tempos atuais somos livres? Penso que não. A liberdade nos aprisiona. A atual política econômica, estabelece que todos deveriam se sustentar pelo suor de seu trabalho. Nem todas as pessoas, sejam brancas ou não, conseguem obter rendimentos suficientes para honrar seus compromissos mínimos de subsistência.

A Casa Grande não deixava faltar comida na senzala. Estratégia para manter a harmonia na fazenda. Hoje a Casa Grande não deixa faltar Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e todos os programas sociais que não elevam o nível social de ninguém. É um cabresto que a Casa Grande de nossos tempos usa para deixar no cativeiro a população pobre e dependente, que vive das migalhas subtraídas do erário publico.

Esta massa que aceita depender ou tirar proveito dos programas, que o governa chama de sociais, não estão entre os privilegiados negros e pardos. O povo pobre não tem reserva de cotas. Não tem direito de pedir terra para viver, porque são descentes de nenhum quilombo.

Felizmente o povo não demonstra atração pelas idéias racistas e segregacionistas que as reservas de cotas para negros e pardos estão sendo disseminadas pelos políticos. A resposta poderá vir nas urnas. Todos são iguais. A diferença é somente o feromônio.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Saude

Não há erro de acentuação. Saude é a terceira pessoa do modo imperativo afirmativo do verbo saudar. Saude você a saúde do primeiro mundo. O ministro Dílson Funaro morreu de câncer linfático. Provavelmente não existia medicamento para a cura ou minimizar a dor da doença. Os tempos mudaram. A ministra não vai morrer do câncer que ela tem. Ela está recebendo tratamento com um medicamento que custa oito mil reais cada frasco. Como eu não sei o que é um linfoma, eu também não saberei calcular quantos oito mil reais serão precisos para curá-la. Todas as pessoas têm o seu valor e todas as vidas devem ser preservadas. Exceto os vírus da gripe mexicana.

Se a ministra for rica como era o ministro, terá uma sorte melhor que ele. A pessoa do povo que sofre desta enfermidade morre. Porque o povo não tem como se tratar de um câncer linfático. Este medicamento não está entre os medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde. O governo não autoriza tratamento caro. Pobre tem que morrer.

Nos países do primeiro mundo os impostos são altos, mas não mais altos dos são praticados no Brasil. O nosso país é administrado por um metalúrgico, que era pobre. Provavelmente ele não se lembra disso. Será que tinha recursos financeiros para custear uma doença como o da ministra, antes de ser sindicalista? Quando ele deixou de ser metalúrgico para ser sindicalista, tudo mudou. Provavelmente passou a ter condições de ter uma vida de primeiro mundo. Mas os metalúrgicos continuaram sendo metalúrgicos. Continuam pagando imposto e não tendo atendimento médico condizente com os impostos recolhidos. Os metalúrgicos e todas as pessoas que trabalham e produzem a riqueza da nação.

Para matar a gripe não precisa ser espanhola ou mexicana. Qualquer gripe mata. Nunca se vê escrito no atestado de óbito, que a causa da morte foi por gripe. Normalmente a pessoa morre de pneumonia, embolia ou sei lá o que. Depois de morto pouco importa qual foi o motivo para constar no atestado de óbito. O que importa é saber por que houve a morte de um ser. E desta morte tirar ensinamentos para evitar outras mortes.

Muito está sendo discutido em Birigui o fato do pronto-socorro estar localizado longe da Santa Casa. Pelo que se sabe não foram os médicos que fecharam o pronto-socorro da Santa Casa. Tudo indica que foi uma decisão do Poder Executivo Municipal.

Recentemente em um latrocínio, usando a força do pleonasmo, a vítima foi a óbito. Poderia não ter ido. Poderia estar trabalhando em sua lanchonete e ajudando a produzir a riqueza da nação. Segundo os profissionais da saúde o que salva uma vida é a rapidez com que a vítima, ou o paciente é atendido. A ambulância pode ser veloz, mas se dentro dela não tiver aparelhos e instrumentais, pouco pode se fazer para manter a vítima viva.

A Constituição do Estado de São Paulo estabelece que o dirigente de saúde tenha graduação na área da saúde. O secretário de saúde do seu município é graduado em que curso? Qual é a profissão dele?

Tive um professor de direito civil que dizia que o professor é fundamental numa faculdade. Justificava dizendo que se não houvesse professor não havia a necessidade de uma faculdade de direito. Bastava ler. Literatura não falta. Quem lê sabe o quanto é bom ter um professor. O bom professor ensina os caminhos das pedras. Simão Pedro não andou sobre a superfície da água? O Mestre lhe ensinou o caminho das pedras. Professor é toda pessoa que sabe ensinar. O bom infante é aquele que procura conhecimento de quem tem.

Saúde não pode ser tratada como uma peça política. O prefeito não deve nomear um secretário porque politicamente interessa ao partido ou a acordos de bastidores. O povo vota porque é obrigado. Poucos têm consciência do voto, porque poucos candidatos demonstram preocupação com o povo. Este candidato que não demonstra preocupação com o povo também não se preocupa com suas nomeações. Às vezes é preciso ouvir um professor.

A Secretaria de Saúde do município de Birigui dispensou dois profissionais da área de saúde, cujos salários eram pagos pelo Governo Estadual. Para os dois cirurgiões-dentistas pouco importa onde vão trabalhar. Continuarão recebendo seus salários trabalhando em outro município. É de se supor que estas duas vagas sejam preenchidas. Os honorários destes dois novos profissionais sairão dos cofres da prefeitura e não do Estado.

Não dá para saudar a saúde do município de Birigui

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Infinito

O que é infinito? Todos sabem o que é. Mas ninguém sabe onde fica. Não é uma estrada que acaba no horizonte. O horizonte é a primeira estação desta estrada que não tem fim. Como na matemática. Reta é uma linha que acaba no infinito. Onde fica este lugar?

Este lugar fica onde todas as pessoas têm paciência. Nunca perdem a calma. Nem mesmo por problemas que lhes possam atormentar a vida. Este lugar é onde você está. Mesmo que falte educação, saúde e segurança. Para viver onde nós estamos é preciso ter uma paciência infinita.

Quem escreve, gostaria de escrever sobre assuntos diversos. Temas não faltam. Não há filão maior que escrever sobre meio ambiente. E não precisa ir à floresta amazônica. Nem à devastação da mata atlântica. Basta ir às margens do córrego Birigüizinho. Ou ao trecho urbano do ribeirão Baixotes. Ou escrever sobre cheiro insuportável, que ainda permanece, no prédio da cadeia pública desativada no centro da cidade de Birigui. E dá para escrever um romance, partindo de uma frase que está escrito na parede do pátio. O dinheiro compra tudo. Na favela ou na cadeia, mas não apaga a permanecia na cela. Fica a dúvida: a vida na cadeia educa ou revolta?
O compositor Hebert Viana, dos Pára-lamas do Sucesso, escreveu uma canção onde diz que o Luiz Inácio disse o Luiz Inácio falou: em Brasília existe mais de trezentos picaretas. Referindo-se aos deputados que apoiavam o governo, no período que o Luiz Inácio era deputado. Deputado inoperante, por sinal. Por mais que se queira, não dá para fugir deste tema. Ele não se esgota. Esqueçamos os trezentos, pois hoje são trezentos e um e mais outros tantos.

No município não tem deputado. Tem vereador. Usando a linguagem do Luiz Inácio, que hoje é presidente, quantos picaretas têm sua cidade?

Na cidade de Birigui existem cinco vereadores catalogados, registrados e com carteirinhas de picaretas, segundo a definição do Luiz Inácio. Legisladores que lêem a cartilha do Poder Executivo. E um que é o fiel da balança. Balança que blinda a má administração pública.

É impressionante a conduta dos picaretas, segundo a definição do Luiz Inácio. Eles se escrevem, para ter o direito de uso da palavra, de tal forma que possam quebrar os discursos de quem pode oferecer oposição ao Poder Executivo. Esta prática é usada em assembléia geral de sindicatos e em plenárias de partidos de esquerda. Deliberam sobre tudo, mas não constroem nada. Porque partidos esquerdistas e minoritários têm suas raízes plantadas em um copo de água. Não pensem que é uma prerrogativa da esquerda. Nenhum partido tem planos para a sociedade. O partido pensa em obter vitórias. Ganhar as eleições e daí, tirar dividendos. Alguém duvida?

Na última segunda-feira um fato pode mudar totalmente os rumos da política em Birigui. O vereador Aladim José Martins aniquilou os argumentos dos picaretas, segundo a conotação que o Luiz Inácio dá a quem é da situação. Foi firme nos seus argumentos, e respondeu à altura aos apartes. Foi possível perceber que, o bloco de vereadores que se opõem ao Poder Executivo não se opõe por se oporem, mas para que se dê transparência na administração. Se estiver tudo certo na administração da prefeitura, por que negar explicações solicitadas por requerimento dos vereadores? Tira-se daí uma conclusão lógica: algo não pode ser descoberto.

O que se tem a lamentar foi a retirada de uma proposta. Esta proposta permitia ao povo, digamos assim, apresentar projetos. Projetos que poderiam virar lei. Se aprovada, seria o primeiro passo para provar que, da forma que a Câmara está atuando não faz falta. É um peso morto.

Esta proposta é típica de quem não leu a Bíblia. Nem Karl Marx. O povo é conduzido. Leu simplesmente a cópia reprográfica da cartilha do partido. Ou caiu no conto da assessora, que todo parlamentar tem. Dá palpite, mas não sabe nada. Só ouvir falar.

Infinita é sua bondade de ler até o fim um recado a pessoas que jogam os recursos públicos no ralo, ou no bolso de algum assessor. E tanto eu como você nada podemos fazer. Porque o Promotor de Justiça não lê jornal.