Tem código para tudo
neste mundo. Ninguém mais se lembra do Código Morse, que foi no passado o meio
de comunicação rápido para enviar mensagens. Não é mais usado, mas continua
existindo. Clubes de rádio-amador trocam mensagens por este recurso da
comunicação.
O Código Morse deixou
de ser usado pelo avanço tecnológico, que está trazendo muitos benefícios para
sociedade. Aquela faixa com barra paralelas na vertical de larguras diferentes,
que só podem ser lidas por máquinas de leitura óptica, é uma mensagem
codificada. Quanta facilidade trouxe, para os operadores de caixa em
supermercados, o código de barras.
Nos primeiros anos de
nossas existências começamos a ouvir e tentar entender uma comunicação verbal.
Inicialmente só ouvimos. Depois passamos a nos expressar neste código que se
chama idioma. Passamos os primeiros anos nos comunicando, mas sem entender
outro código, que é a representação gráfica de cada fonema.
O alfabeto é um código
que representa graficamente o som que os falantes produzem. Alfabetizar é saber
identificar os sinais e ler. Infelizmente nem todas as pessoas conseguem
entender o que está escrito. Quantas vezes ouvimos a expressão: isto é grego
para mim. A expressão se refere quanto estamos diante de um texto ou algum
código que desconhecemos. Embora eu conheça o alfabeto grego, sou completamente
analfabeto. Consigo ler, mas não entendo nada.
Alguém já leu o Código
do Consumidor? É provável que ele sirva para alguma coisa. Um amigo comprou um
medicamento. Notando que comprou o remédio errado voltou à farmácia de uma
cooperativa de médicos e foi informado que a farmácia não troca remédios e nem
devolve o dinheiro. O Código do Consumidor vai proteger quem? Será que o
PROCON, que é mantido pela prefeitura tem instalações adequadas para atender a
população? O povo facilmente ludibriado vota, mas o capital dos empresários é
que sustenta as campanhas políticas.
Lendo uma crônica do
Millor Fernandes me lembrei de um código, que são sei se existe algum exemplar
impresso. O Código de Honra só é usado por pessoas honradas. Na crônica Millor
diz que os militares são incompetentes. Ficaram vinte e dois anos no poder.
Construíram as usinas de Jupiá, Ilha Solteira, Itaipu, Tucuruí. Além destas
obras construíram a ponte Rio/Niterói, metrô em São Paulo, Rio de Janeiro e em
outras cidades. Criaram o INPS, IAPAS, EMBRATEL, TELEBRÁS e PROALCOOL. MOBRAL
foi um movimento que ensinou milhões de pessoas a ler e escrever. Antes dos
militares terem criado o FUNRURAL os lavradores, peões e agricultores não
tinham amparo na velhice. O trabalho no campo requer vigor. Na velhice aos
camponeses só restavam dois caminhos: ficar a mercê dos cuidados dos familiares
ou pedir esmola nas cidades.
Na crônica Millor
Fernandes enumera muitas outras obras e atos que os militares executaram
naqueles vinte e dois anos que ficaram no poder e termina dizendo: “Além disso,
nenhum desses militares conseguiu ficar rico. Eta incompetência.”.
Quanta diferença!
Rasgaram o Código de Honra. Pessoas que estão no poder a pouco mais de dez anos
ficaram ricos neste período. No início do primeiro mandato do Sr. Luiz Inácio a
polícia indiciou políticos por corrupção e por outros crimes. Não foram
julgados por estarem ricos ou por influência política no seio da Justiça? O
fato é que se justiça for feita, o presidente sindicalista poderá ser
responsabilizado. Desde que o Código de Honra seja recomposto.
A competência que
faltou aos militares está sobrando nas pessoas que estão no poder. Sobretudo no
âmbito municipal.