Jean
Jacques Rousseau disse uma frase muito interessante: Uma parte dos homens age
sem pensar e a outra pensa sem agir. Normalmente eu não escrevo na primeira
pessoa. Se uma ou outra frase saiu, passou despercebida por mim. Hoje vou me
expressar formalmente na primeira pessoa. Se eu tivesse que me enquadrar nesta
frase do Rousseau, penso que seria do grupo que pensa sem agir. Então, eu mesmo
me pergunto: escrever e levar propostas ao público não é agir?
Recentemente
um empresário de Birigui se posicionou a favor de reformas. Para mim foi o
ponto de partida. Particularmente, tenho receio do povo na rua. Povo pode virar
turba. Mas se ganhar força as propostas de modificar a estrutura da Câmara de
Vereadores e da Prefeitura de Birigui, organizadamente o povo pode exigir
reformas. Até mesmo nas ruas. Melhor lotar a galeria da Câmara de Vereadores.
Existe
uma peça teatral chamada “A Prima Dona”. No teatro “Prima Dona” não tem nada a
ver com termo italiano “Prima Donna”, que é “Primeira Dama”. No teatro este
termo é usado para atrizes, que no passado teve muito sucesso, porém nos tempos
atuais estão em decadência, mas não quem perder o lugar de vedete.
Nesta
trama, o tema é a apresentação de um espetáculo de revista, onde a atriz
decadente insiste em ser a estrela do espetáculo. No elenco, uma das
personagens era o diretor da montagem. Não o diretor da peça. Na fala da atriz,
ela queria que a voz do povo fosse ouvida. Na fala da personagem diretor ele
disse: povo? Esta massa ignorante e sem cultura? Que ri por qualquer palhaçada...
Foi
então que eu me perguntei novamente: Será que devemos confiar no povo que
elegeu os atuais governantes? No cenário nacional todo dia aparece um novo
escândalo. Dá-nos a impressão que a impressa está fazendo uma retrospectiva,
mas não é. No cenário municipal o prefeito é outras pessoas forma condenados e
podem perdem o mandato.
Não
foi à toa o aparelhamento do Estado. Aqui na Revista Realidade, escrevi que a
Dona Presidente poderia ter seu diploma cassado, em sua primeira eleição. O
auditor do TSE, Rodrigo Aranha Lacombe, após verificar as planilhas de gastos
da campanha, descobriu diversas irregularidades, recomendando a rejeição das
contas eleitorais. Na prática, significava impedir a diplomação da Presidente
Dilma, como determina a Lei.
Sobre
o caso, na época destes acontecimentos, a Revista Veja estampou a seguinte
manchete: A ordem veio de cima. Lewandowski mandou alterar o parecer. As contas
foram aprovadas e a eleita diplomada. Agora parece que mudou um pouco. Talvez
as contas da reeleição sejam revistas. Qualquer semelhança entre a Prima Dona
do teatro e a Dona Presidente é mera coincidência.
Como
disse, pôr o povo na rua é temeroso. Ideal é abrir um fórum para debates.
Partindo para o esclarecimento da população. Algumas pessoas acreditam que o
aumento do número de vereadores gerou mais despesas. Quanto à remuneração dos
novos vereadores sim. Houve aumento das despesas, mas o orçamento continuou o
mesmo. O que precisa ser feito. Alterar a lei que provê a receita da Câmara.
Como
disse no segundo parágrafo, um empresário propôs reformas. Vamos começar por
elas. O empresário propôs que as pessoas deveriam ter orgulho de servir nos
cargos legislativos. Vamos propor um salário mínimo de remuneração para o cargo
de vereador. Dois salários mínimos para o presidente da Câmara e dez salários
mínimos para o cargo de prefeito e discutir se devemos ter cargos de comissão.
Tanto na Prefeitura como na Câmara.
E o
mais importante! Modificar o regimento interno da Câmara para diminuir
despesas. É assim que se começam as reformas. Propondo modificações nas
estruturas.