Refletir sobre atos
cometidos pode levar as pessoas a rever seus conceitos e mudar o modo de vida.
As mudanças ocorridas na União Soviética, promovidas por Mikhail Gorbachev, que
ficaram conhecidas como Perestroica e Glasnost modificou por completo a vida
das pessoas e do regime político implantado pela força em 1917. Entretanto, a
truculência da Revolução Russa começou a ser quebrar com as revisões que Nikita
Kruchev propôs ao partido comunista soviético as quais foram aceitas.
Perestróica significa
reconstrução e glasnost transparência. A proposta era dar uma nova ordem à
precária economia soviética e dar transparência aos atos do governo. No
ocidente a palavra glasnost ficou conhecida como liberdade de expressão. Antes
desta liberdade de expressão os jornalistas não podiam levar ao povo os reais
acontecimentos e atitudes do governo. Só podiam publicar o que o partido
permitia.
No Brasil nunca houve
algo parecido, mas podemos traçar um paralelo entre as reformas soviéticas com
a Lei da Anistia assinada pelo Presidente João Baptista Figueiredo. Os crimes
foram perdoados e quem estava foragido pode voltar a viver entre seus
familiares.
Lei? Ora a lei. Para
que serve uma lei? Supostamente para ser cumprida. Não é bem o que acontece,
pois os advogados as interpretam conforme as necessidades dos clientes. A
Justiça nada pode fazer.
O serviço militar no
Brasil é obrigatório. Todo jovem é obrigado a se alistar no ano que completa
dezoito anos e serve às Forças Armadas no ano que completa dezenove anos. Assim
estava em serviço no dia 26 de junho de 1968 na 5ª Companhia de Fuzileiros, do
2˚ Batalhão, do 4˚ Regimento de Infantaria Raposo Tavares o jovem fuzileiro
Mário Kosel Filho. Foi quando um carro bomba explodiu tirando a vida deste
jovem brasileiro. A imprensa da época informou que, entre os terroristas que
provocaram o atentado estava a atual Dona Presidente.
O fato das pessoas
terem pegado em armas e manchar as mãos com sangue pouco importa. Cada pessoa
tem a sua cabeça, consequentemente responde por seus atos. Neste momento da
vida pública brasileira está acontecendo um fato inédito. É o julgamento da
quadrilha que atuava na sede do governo federal; o Palácio do Planalto.
Neste mesmo momento da
vida pública a Comissão Nacional da Verdade, formalizada através de lei
sancionada pela Dona Presidente, pretende abrir processo contra o Coronel
Curió, como assim é conhecido o Coronel Sebastião Rodrigues de Moura,
atualmente na reserva, pela sua atuação na Guerrilha do Araguaia.
Se o Coronel pode ser
processado, por que a terrorista que atacou o quartel do 4˚ Regimento em
Quitaúna não pode? Estão rasgando a Lei da Anistia. Nada impede que rasguem a
Constituição. É desta forma que os dirigentes do Brasil agem. Sempre a favor de
suas conveniências. Continuam rancorosos ao longo do tempo e quando podem
tentam eliminar os adversários, às vezes, considerados inimigos.
A sociedade tinha
receio que o Supremo Tribunal Federal não condenaria os componentes da
quadrilha do Planalto. Este receio está se desfazendo. Tudo indica que os
mensaleiros serão condenados. Por enquanto o Sr. Luiz Inácio não foi indiciado.
Não dá para entender
a Dona Presidente. Defendeu o Sr Luiz Inácio dos comentários que Fernando
Henrique Cardoso fez sobre o ex-presidente. Defendeu o ex-presidente,
entretanto, não proibiu os cortes que estão sendo feitos na PETROBRÁS. A
PETROBRÁS era o covil da turma do ex-presidente, que a presidente Graça Foster
está depurando. No final da depuração o povo vai saber quem realmente é o Sr
Luiz Inácio.