quarta-feira, 28 de julho de 2010

Esgoto

Tudo que é indesejável vai para o esgoto. Pelo esgoto corre todo tipo de detrito. Existe lei que determina o tratamento antes de ser lançado nos rios. Até quando esta impunidade continuará. Esgoto in natura continua sendo lançado no Ribeirão Baixote.

Nossos ouvidos, às vezes, recebe o som de palavra que é um verdadeiro detrito. Infelizmente não dá para eliminar estes detritos. A audição é diferente da visão. Se não quisermos ler uma palavra, basta fechar os olhos. Não dá para fechar o ouvido. Mesmo assim é melhor ouvir besteiras do que ser surdo.

Estamos entrando num período onde vamos ler e ouvir o que a maioria das pessoas não quer nem saber. Não pelo evento, mas pelas personagens que não nos oferece credibilidade. São os candidatos que em breve ocuparão o palco do cenário das eleições. Quem vencerá? Ficha limpa ou Ficha suja?

Estamos no Brasil. Aqui a lei é um detalhe. Existem inúmeros artifícios para favorecer candidatos que legalmente estariam impedidos de concorrer às próximas eleições.

Circulou pela cidade que o governo federal encaminhou mais de noventa milhões de reais para Birigui. Estão sendo construídas casas daquele programa “Minha casa, Minha vida”. É uma casa, mas não deveria ser chamada de casa de tão pequena que é. Propaganda que deveria ser jogada no ralo do esgoto.

De qualquer forma é legal anunciar ao povo o que o governo faz. Bolsa Família que antes, no governo que a criou, chamava Bolsa Escola, Luz para todos, construção de escolas, pavimentação de ruas e tantos outros serviços inerente a um governo.

Propaganda custa caro. Quanto os governos economizariam se deixassem de fazer publicidade de atos que por obrigação deveria ser feitos. Milhões de reais são jogados no esgoto sujo da política partidária. Fala-se muito em reforma política. Pode ser que aconteça esta reforma, mas esta reforma será apenas troca das peças do tabuleiro.

Nós, povo brasileiro, que não sabemos interpretar as leis, vemos a Justiça como um joguete das forças políticas. São liminares e mais liminares. Interposições de recursos em todas as instâncias prorrogando a sentença final. É de perder a conta do número de prefeitos que nos primeiros meses de mandato cometeram irregularidades, foram condenados e permaneceram até o final do mandato. Conseguiram se reeleger e cumpriram o segundo mandato também.

Até hoje a Justiça não conseguiu por na cadeia nenhuma das pessoas envolvidas no escândalo do mensalão. A maioria das pessoas condena a corrupção. Entretanto, os eleitores destas pessoas que estão envolvidas com o mensalão aprovam incontinente a corrupção. Alguns mensaleiros foram reeleitos e não cairão da suposta malha fina da lei eleitoral “Ficha Limpa”.

Não há dinheiro que consiga construir uma estação de tratamento do esgoto da política partidária em nosso país. Se fosse economizado dinheiro gasto em propaganda e publicidade, talvez tivesse sido possível terminar a estação de tratamento de esgoto da cidade de Birigui. Do início das obras da estação até hoje passaram pela prefeitura três prefeitos.

Interesses da população não estão atrelados aos interesses dos políticos. Se os interesses não se entrelaçam por que povo e políticos caminham juntos? A administração pública deve ser exercida por pessoas que zelem pelo interesse e bem estar do povo e não dos próprios.

Para ser candidato é preciso pertencer um partido. Eleição é a atual forma para escolher os nossos representantes nos poderes executivos e legislativos, mas não seleciona os melhores.

Orfanato

Por que será que os orfanatos foram desativados? Não conheço e nunca ouvi dizer que rapazes criados e educados em orfanatos se perderam na vida entrando para o mundo da bandidagem. O mesmo com as meninas. Nem bandidas nem garotas de vida fácil. Todos honrados e com profissão.

Lênin escreveu um livro chamado “O que fazer?”. O que fazer com o poder se não tiver capacidade de exercê-lo. O povo escolheu os deputados constituintes. Uma parte significativa destes deputados seguia a doutrina de Lênin. Doutrina que cria deveres sociais para o Estado sem contrapartida financeira.

Orfanato é uma entidade sem fins lucrativos. Tem por objetivo recolher menores órfãos ou abandonados, os quais recebem cuidados pessoais, médicos e educacionais. Os orfanatos sempre foram administrados pela iniciativa privada. A Igreja Católica, através de suas congregações, mantinham orfanatos em muitas cidades. As Igrejas Protestantes e os Centros Espíritas também.

Em Birigui, a estrutura do Centro Espírita Amor e Caridade era composta por três departamentos. Um deles cuidava de crianças. Estes espíritas fabulosos não mantêm mais o orfanato. Nem o Lar Nossa Senhora da Graça. Para onde foram as crianças assistidas e educadas por estas duas instituições? Se um menor for abandonado na porta de sua casa, o que fazer? O que o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece todos sabem, mas é o melhor que se tem a fazer?

O fechamento dos orfanatos em Birigui se deveu a uma política desenvolvida pelo governo do Estado de São Paulo. O governo oferecia recursos para familiares da criança abandonada para que ela fosse adotada. Quem não tinha família seria encaminhada a órgãos oficiais. FEBEM, atualmente denominada CASA, está mais para reformatório do que para uma entidade com o propósito de cuidar e educar.

Esta política de tratar menores órfãos ou abandonados foi de certa forma adotada pelo Planalto Central e em 13 de julho de 1990 o Presidente Collor sancionou o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Orfanato não tem fins lucrativos. Doações podem ser abatidas no imposto de renda. Por que este incentivo fiscal permanece no Brasil? Em outros países existe para incentivar a criação destas entidades. Dar abrigo e educação a menores órfãos ou abandonados.

No Brasil, o primeiro dirigente a se preocupar, oficialmente, com os órfãos foi Dom João II, rei de Portugal. Em 1553 determinou que as crianças órfãs tivessem alimentação garantida pelos administradores da Colônia.

Deste o tempo de colônia o Brasil importou bons modos de Portugal. Santa Casa de Misericórdia é um exemplo. Em Portugal, à frente da Santa Casa geralmente existia uma porta giratória. Semelhante a estas usadas em banco. Chamava-se roda dos expostos ou roda dos enjeitados. Nesta roda havia uma gaveta onde as crianças enjeitadas eram depositadas em sigilo, ficando as mães no anonimato. O que se imagina sobre o anonimato das mães pode ser os mesmos motivos de hoje: gravidez indesejada ou pobreza. A falta de recursos não é uma prerrogativa dos dias atuais.

A principal função da roda não era garantir o anonimato da mãe e sim evitar o aborto. Prática rejeitada até hoje pela Igreja. Outro motivo era oferecer um suposto conforto para a criança abandona. Antes as crianças eram abandonadas nas portas das igrejas ou nos portões de famílias ricas. Como os abandonos ocorriam nas madrugadas e as crianças ficavam ao relento, muitos morriam antes do amanhecer.

Está escrito que nada acontece sem a permissão de Deus. Ser órfão, por exemplo.

Orfanato


Por que será que os orfanatos foram desativados? Não conheço e nunca ouvi dizer que rapazes criados e educados em orfanatos se perderam na vida entrando para o mundo da bandidagem. O mesmo com as meninas. Nem bandidas nem garotas de vida fácil. Todos honrados e com profissão.

Lênin escreveu um livro chamado “O que fazer?”. O que fazer com o poder se não tiver capacidade de exercê-lo. O povo escolheu os deputados constituintes. Uma parte significativa destes deputados seguia a doutrina de Lênin. Doutrina que cria deveres sociais para o Estado sem contrapartida financeira.

Orfanato é uma entidade sem fins lucrativos. Tem por objetivo recolher menores órfãos ou abandonados, os quais recebem cuidados pessoais, médicos e educacionais. Os orfanatos sempre foram administrados pela iniciativa privada. A Igreja Católica, através de suas congregações, mantinham orfanatos em muitas cidades. As Igrejas Protestantes e os Centros Espíritas também.

Em Birigui, a estrutura do Centro Espírita Amor e Caridade era composta por três departamentos. Um deles cuidava de crianças. Estes espíritas fabulosos não mantêm mais o orfanato. Nem o Lar Nossa Senhora da Graça. Para onde foram as crianças assistidas e educadas por estas duas instituições? Se um menor for abandonado na porta de sua casa, o que fazer? O que o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece todos sabem, mas é o melhor que se tem a fazer?

O fechamento dos orfanatos em Birigui se deveu a uma política desenvolvida pelo governo do Estado de São Paulo. O governo oferecia recursos para familiares da criança abandonada para que ela fosse adotada. Quem não tinha família seria encaminhada a órgãos oficiais. FEBEM, atualmente denominada CASA, está mais para reformatório do que para uma entidade com o propósito de cuidar e educar.

Esta política de tratar menores órfãos ou abandonados foi de certa forma adotada pelo Planalto Central e em 13 de julho de 1990 o Presidente Collor sancionou o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Orfanato não tem fins lucrativos. Doações podem ser abatidas no imposto de renda. Por que este incentivo fiscal permanece no Brasil? Em outros países existe para incentivar a criação destas entidades. Dar abrigo e educação a menores órfãos ou abandonados.

No Brasil, o primeiro dirigente a se preocupar, oficialmente, com os órfãos foi Dom João II, rei de Portugal. Em 1553 determinou que as crianças órfãs tivessem alimentação garantida pelos administradores da Colônia.

Deste o tempo de colônia o Brasil importou bons modos de Portugal. Santa Casa de Misericórdia é um exemplo. Em Portugal, à frente da Santa Casa geralmente existia uma porta giratória. Semelhante a estas usadas em banco. Chamava-se roda dos expostos ou roda dos enjeitados. Nesta roda havia uma gaveta onde as crianças enjeitadas eram depositadas em sigilo, ficando as mães no anonimato. O que se imagina sobre o anonimato das mães pode ser os mesmos motivos de hoje: gravidez indesejada ou pobreza. A falta de recursos não é uma prerrogativa dos dias atuais.

A principal função da roda não era garantir o anonimato da mãe e sim evitar o aborto. Prática rejeitada até hoje pela Igreja. Outro motivo era oferecer um suposto conforto para a criança abandona. Antes as crianças eram abandonadas nas portas das igrejas ou nos portões de famílias ricas. Como os abandonos ocorriam nas madrugadas e as crianças ficavam ao relento, muitos morriam antes do amanhecer.

Está escrito que nada acontece sem a permissão de Deus. Ser órfão, por exemplo.

Tributo

Tributo é uma honraria que se expressa em público a uma personalidade ou entidade, como mostra de admiração por relevantes serviços prestados à sociedade. Tributo além de homenagem significa ônus.

Educar os filhos é um ônus salutar. Uma obrigação agradável. Quando, porém, torna-se uma sobrecarga fica desagradável. Então nos lembramos dos tributos impostos pelo Estado. Pagamos impostos, mas não temos educação para todos.

Trabalhamos, tanto a pessoa física como a jurídica, em média 158 dias para pagarmos tributos, multas, taxas, tarifas, impostos, pedágios e outros encargos. O sistema tributário no Brasil desencoraja os empreendedores a investir formalmente na economia. Favorece e incentiva a informalidade, pirataria e sonegação. Lamentavelmente fala-se muito em reforma do sistema tributário, mas ainda não é possível ver a luz no final deste túnel. Esta é a principal reivindicação dos empresários.

Zetética é um vocábulo que define uma metodologia investigativa voltada para a resolução de problemas teóricos.

O Banco Mundial considera o sistema brasileiro o pior do mundo. Reformá-lo é pouco. É preciso rever a Consolidação das Leis Trabalhistas, um entulho getulista, e a previdência. Se os fundos de pensão dão certos, por que a previdência não dá?

Por determinação do Banco Central até metade dos depósitos e aplicações que as empresas e pessoas físicas efetuam nos bancos não podem ser repassados em forma de empréstimos ou financiamentos. É o depósito compulsório que o governo retira do mercado.

Falta capital de giro para as empresas. Consumidores não têm dinheiro para as compras. Com pouco dinheiro na praça e grande procura a solução é aumentar os juros. Juros altos e controlados, a solução foi outra. Sem diminuí-los os bancos aumentaram os prazos para que as pessoas pudessem continuar usando o crédito.

O estímulo ao consumo permaneceu e é fundamental para o crescimento da economia. Os teóricos da economia acreditam que os meios de produção e os consumidores não deveriam ser penalizados, com endividamento tão acentuado. Endividamento em torno de 45% do PIB.

Naqueles tempos de inflação alta todos sabiam o que era overnight. Atualmente poucas pessoas sabem o que é SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). É a mesma coisa. Explicando de maneira simples e fora do economês, é a média das operações de financiamento entre instituições financeiras.

O vice-presidente é da opinião que a taxa SELIC deveria ser menor. Ele é empresário. Tem visão diferente de políticos. Para que haja dinheiro sobrando para o banco emprestar é preciso diminuir o volume do depósito compulsório. Dinheiro nos cofres a tendência é a queda dos juros. Não está na hora de aplicar uma zetética no COPOM e Banco Central?

Cobrar tributos é prerrogativa do Estado e das Prefeituras. Até cobrança indevida algumas prefeituras efetuam. A visão do político é aumentar a receita.

Quem teve a brilhante idéia de obrigar os motoristas a portar em seus veículos o kit para primeiros socorros? Foi político ou empresário? Não importa. Não vingou mesmo.

Um fato novo, mas semelhante surgiu. A obrigatoriedade do uso de cadeiras para crianças nos veículos. Para cada idade um tipo de cadeira. Proposta de quem? De político ou empresário?

Para quem propôs o uso do kit não importa. Para a cadeira importa. Envolve aplicação de multa e endividamento das famílias. O que fará uma família de classe média com três filhos com idades próximas?

Infelizmente não dá para render tributo a nenhum político.

Tributo