quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Vitória de Pirro


Pirro, Rei de Épico, tinha a pretensão de conquistar Roma. Montou um exército composto de 25 mil homens de infantaria, 3 mil de cavalaria e 20 elefantes. Conseguiu a tão esperada vitória após duas batalhas. Venceu os romanos em duas, mas não derrotou o Império Romano, entretanto, sofreu enormes perdas de homens e de materiais. Depois de verificar as enormes perdas que seu exército sofreu, dirigiu-se aos generais para felicitá-los pela vitória e confidenciou a eles, que mais uma vitória como estas estaria arruinado.
Desta frase surgiu a expressão: Vitória de Pirro ou Vitória Pírrica. Vitória com gosto de derrota, obtida com alto custo e com prejuízos irreparáveis. Por analogia, esta expressão não é utilizada apenas em contexto militares, mas em economia, política, justiça e até no esporte. Por que não na individualidade de cada um? Será que não tivemos nenhuma Vitória de Pirro em nossas vidas?
As eleições municipais, de modo geral e em particular em Birigui, podem ser consideradas verdadeiras Vitórias de Pirro. O prefeito empossado em 2005 venceu as eleições com apenas um terço dos votos. Dois terços dos eleitores optaram por outros candidatos. Venceu, porque esta é a regra, mas quanto lhe custou em perdas materiais e morais nestes anos no poder? Alguns processos e possíveis perdas materiais. De certa forma o prefeito empossado em 2013 obteve também uma Vitória de Pirro.
Dirigentes do partido que está no poder central disseram, durante a campanha eleitoral, que o partido e própria candidata à Presidência da República, faria de tudo para ganhar as eleições e permanecer no poder. Uma aeronave caiu, desclassificaram a sucessora do morto e na reta final também difamaram o adversário. Cumpriram a palavra empenhada. Uma verdadeira Vitória Pírrica. Estão vindos à tona todos os escândalos usados para vencer as batalhas que travam para perpetuarem-se no poder e implantar o comunismo utilizando o Foro de São Paulo. Entidade criada por Luiz Inácio e Fidel Castro para que o regime seja implantado em toda a América Latina.
Esta Vitória de Pirro não é somente da candidata vencedora. Durante a campanha, e mesmo antes dela se tornar acirrada, os jornais, as rádios, a televisão e outros órgãos de comunicação informaram o povo do escândalo na Petrobrás. Mesmo assim 53 milhões de eleitores votaram na candidata apadrinha pelo pivô de tudo isto. Outros 39 milhões numa atitude covarde, salvo os que por motivos de trabalho, por enfermidade, ou por motivo de força maior, não compareceram às eleições lavando as mãos. Estes não discípulos de Pôncio Pilatus. São cúmplices.
O Império Romano dominava outras nações, mas não submetia a nação conquistada às leis romanas. Quem estava julgando Jesus eram os sacerdotes judeus e não o Império Romano. Por isto lavou as mãos. Problema de judeu, judeu que resolva. Problema no Brasil, brasileiro tem que resolver e não lavar as mãos.
A Vitória de Pirro não é somente da candidata vencedora. Com a ajuda de seus cúmplices, o povo brasileiro estará à beira da ruína. Pirro disse que outra vitória com aquela ele estaria arruinado. “Quando uma pessoa ou uma empresa gasta mais do que ganha elas vão à falência. Quando um governo gasta mais do que ganha ele te manda à conta”. Pois bem, é o caso. O Planalto Central gastou muito mais do ganhou. Precisará aumentar a arrecadação. Certamente a conta virá, tanto para os cúmplices como os cidadãos que não comungam com a corrupção e votaram contra a atual administração.
A Lei de Responsabilidade Fiscal não permite gastar mais do que arrecada

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Riqueza da Nação


O Estado surgiu para servir à Sociedade. Para organizar a Sociedade foi preciso estabelecer normas. A primeira foi uma norma trabalhista e está no Livro Gênesis: o Eterno criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo.
De lá para cá, normas foram criadas, estão sendo criadas e serão criadas todos os dias. As normas fundamentais foram estabelecidas por Moisés e as dez leis não são as principais. Confúcio viveu cerca de 400 anos antes de Jesus e disse uma frase que é um verdadeiro aforismo: não faças aos outros, o que não queres que façam para ti. Só isto bastava para a Sociedade ser justa e fraterna. Algum tempo depois foi atribuída a Jesus uma frase com teor semelhante: amar o próximo como a si mesmo. Parece que não deu certo. Poucos se preocupam com os outros.
Atualmente, as normas são estabelecidas por leis, concebidas e aprovadas em fóruns competentes. Em nosso país, um destes fóruns é o Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal, que juntos constitui o Poder Legislativo.
Acima dos Três Poderes constituídos existe outro Poder. Este Poder é formado pelas pessoas que fazem a Riqueza da Nação. Os empresários com seu empreendedorismo e a força de trabalho de seus funcionários. Lamentavelmente os políticos socialistas e comunistas, utilizando práticas maniqueístas, tentam separar esta união necessária para o desenvolvimento da sociedade e da nação: patrão e empregado.
Nossos representantes no Congresso Nacional são eleitos por sufrágio universal, cujas regras são estabelecidas por eles próprios. Aqui repousa a irresponsabilidade do empresariado. Nenhum produto que faz a Riqueza da Nação vem do Congresso. Arroz e carne vêm do campo, produtos industrializados vêm das fábricas e das empresas prestadora de serviços, enfim do trabalho.
Acredita-se que, parte do custo das campanhas políticas é financiada pelo empresariado. Fica a dúvida: será que o dinheiro sai dos bolsos dos empresários? Acredito que não. Na planilha de custo de produção de um produto ou de prestação de um serviço já está incluída, além dos impostos a ser recolhidos, dos encargos sociais, mão de obra e despesas operacionais, uma porcentagem a ser repassada aos políticos ou partidos em ocasião oportuna. Em outras palavras, quem paga é o consumidor final. Ao empresário resta apenas recolher aos cofres públicos os impostos e tributos.
Onde está o pecado? Se o patrão dá ordem a seu empregado porque lhe paga o salário, porque não dar ordem ao político que ele financiou? Os empresários não perceberam que o consumo é inversamente proporcional ao valor de mercado do produto. Quanto menor o custo de produção, maior o consumo. A maior parcela do custo de produção de um produto são os encargos sociais e impostos. O pecado é o seguinte: por que os empresários não ordenam a reforma tributária para baixar o custo Brasil para aumentar a produção e competitividade de nossos produtos tanto no mercado interno como no externo?
Em épocas passadas os Senhores Feudais e posteriormente os Senhores de Engenho ditavam as normas e eram fielmente seguidas pelos servos. Num certo dia treze de maio a categoria de servos foi extinta no Brasil. Infelizmente não foi da forma que preconizava o Imperador: incluir os ex-escravos na sociedade sem trauma social e financeiro.
A Casa Grande dos dias atuais fica no Planalto Central e o alojamento dos feitores é o Congresso Nacional. Os Senhores de Engenho do passado são os empresários de hoje. Produzem a Riqueza da Nação, mas não mandam. De certa forma a escravidão continua. Os escravos não estão no chão da fábrica ou na lavoura. Somos todos nós. Ao invés dos escravos que trabalhavam sem remuneração, por cama, mesa, banho e assistência médica, hoje pagamos impostos para receber os benefícios que os escravos recebiam gratuitamente. O que mais entristece, é o fato que somos nós que escolhemos os feitores do Congresso Nacional e o Senhor da Casa Grande. Hoje uma Dona.
Se os empresários sérios não derem um basta, a Senzala será ocupada por todos nós: patrões e empregados.