domingo, 30 de junho de 2013

Surreal


Para quem acredita que o mundo foi criado. Estava lá o Senhor, naquele tempo, a criar o universo. No planeta Terra criou os continentes e os oceanos. Ao criar os Estados Unidos determinou que, periodicamente, houvesse furacão em determinadas regiões do país. Para a Rússia, inverno rigoroso na Sibéria. Para o Japão reservou terremotos e tsunamis. Distribuiu fenômenos naturais por toda parte e por fim criou o Brasil. Um paraíso. Nada de furacão, neve, terremoto ou tsunami. O Arcanjo, que estava ali do lado do Senhor, incomodado com a proteção dado ao Brasil, perguntou: por que o Senhor não pôs nenhum fenômeno natural ali? Apontando para o território brasileiro. Naquele dia o Senhor estava mal humorado. Olhou para o Arcanjo e disse: nem vou te responder.
O povo brasileiro é um povo esquisito. O vocábulo “esquisito” tem vários significados. Algo ou pensamento difícil de entender é um destes significados. Não sei se é falta de instrução, pois nosso sistema de educação é precário. Talvez seja a índole de um povo sem cultura e sem memória.
Por causa de um aumento de vinte centavos nas passagens de ônibus, desencadeou-se uma onda de protestos por quase todo o país. Até mesmo em cidades onde não houve aumento, algumas pessoas foram para as ruas.
Povo na rua não é bom. Fica pior quando não há liderança. Sem liderança cada participante pode tomar a decisão que mais lhe aprouver. Condição que dá a liberdade para agir do jeito que quiser. Desta forma não há revolução. Há revolta, que gera baderna. Não pensem que estas revoltas forçarão os políticos a modificarem suas condutas.
Partindo do movimento passe livre, outras reivindicações foram acrescentadas aos protestos de rua. Estes protestos podem ser explicados utilizando a terceira lei de Newton. “A toda ação corresponde a uma reação, de mesmo módulo, mesma direção e sentido contrário”. Está lei explica porque um corpo fica estático. Só é possível deslocar um carro com motor desligado se todos aplicarem sua força no mesmo sentido. Para frente ou para trás. Se várias pessoas aplicarem suas forças individualmente na direção e sentido que achar que é melhor, o carro não se deslocará.
Dá a impressão que a sociedade percebeu que o Estado brasileiro está enfermo e precisa de medicamento. Nas passeatas cada um leva a sua receita escritas em cartazes. Não há muita repercussão na mídia, mas nas redes sociais a todo instante alguém posta fotos dos cartazes com as devidas receitas. Algumas sérias, outras cômicas e algumas totalmente ridículas.
Voltando a falar das esquisitices deste povo que mora num paraíso e continuando dentro da pauta das passeatas, de manhã este povo contesta os altos custos que o governo esta gastando com a construção e reforma dos estádios para a Copa da FIFA e pede prioridade à construção de hospitais. À tarde este mesmo povo lota os estádios para assistir os jogos da Copa das Confederações.
Algumas doenças não apresentam sintomas. Chegam silenciosas não incomodando o paciente. Quando são descobertas nem sempre há o que fazer. O povo na rua, sem liderança, não percebeu que o Brasil está enfermo. A doença não é nenhuma, que nas passeatas, os participantes mostram em seus cartazes. Trata-se do aparelhamento do Estado preparando para um golpe branco. Quando o povo der conta, já estará implantada a republiqueta bolivariana do Brasil. Tal qual na Venezuela e outros países aliados a Cuba.
Tudo que esta acontecendo é surreal. Palavra que vem do surrealismo. Movimento que valoriza ao máximo o irracional e a incoerência.

sábado, 15 de junho de 2013

Contrato


Contrato é um compromisso entre duas ou mais partes. Estas partes podem ser pessoas, empresas e até o governo. Contrato Social é um documento que pactua as normas de constituição e funcionamento de uma sociedade com fins lucrativos. Não pode ser sociedade anônima.
Não sei qual contrato social apareceu primeiro: o contrato da pessoa jurídica ou o Contrato Social de Jean Jacques Rousseau escrito em 1762. Thomas Hobbes e John Locke também escreveram sobre esta teoria que tenta, até nos dias atuais, explicar a origem dos governos. As obrigações dos governantes e dos governados.
Parece contraditório, mas não é. Segundo Rousseau, os homens nascem livres e iguais, entretanto para continuarem livres são obrigados a se subjugarem às leis impostas pelo Estado. As leis deveriam ser feitas pelo povo. O povo não sabe fazer leis. Daí surgiu a figura do legislador, o qual deveria propor leis de acordo com o povo.
As conotações de Rousseau colocaram o autor do “Contrato Social” em posição contrária ao absolutismo reinante em seu tempo, pois as obrigações eram para o rei (governante) e para o povo (súditos). Com a queda da Bastilha, um lema de Rousseau prevaleceu: Liberdade, Igualdade, Fraternidade. A Revolução Francesa pôs fim do absolutismo na França, mas não derrotou em definitivo. Déspotas continuam exercendo poder usando sua autoridade de maneira opressora.
Infelizmente nem todas as leis beneficiam o povo e sim interesses pessoais ou de grupos que estão no poder. O Programa de Integração Social – PIS foi criado para que este fundo rendesse dividendo aos participantes através das cotas. Os participantes eram pessoas que trabalhavam registradas em empresas pessoa jurídica. Quem trabalha para pessoa física não participava, pois só a pessoa jurídica recolhe PIS. A Constituição de 1988 extinguiu as cotas. Os novos participantes não recebem rendimento. Se ganharem menos de dois salários recebe abono. Mas a contribuição, um verdadeiro imposto, continua sendo cobrado da população. Este imposto não beneficia a população. O contrato social foi quebrado.
Existe um contrato social que passa despercebido como contrato. Trata-se das leis de trânsito. São leis simples, mas coordenam todo sistema viário das cidades e das estradas. A obrigação de aplicar e fazer cumprir as normas são do governante. Os governados têm a obrigação de cumpri-las.
Recentemente ocorreu um acidente em Birigui. Um motociclista trafegava com sua moto Harley-Davidson pela Rua Bahia. O motociclista seguia pelo lado esquerdo da via no mesmo sentido de um caminhão, visto que a rua tem mão única. Naquele instante teve seu trajeto interrompido por quatro garotas de bicicleta, na contramão da rua.
Testemunhas disseram à polícia que, para não atingir as meninas, o empresário tentou desviar. Isso fez com que ele se desequilibrasse, caindo embaixo do caminhão, vindo a falecer. O motorista nada sofreu como revelou Silva Helena na Folha da Região de 11 de maio. Neste caso também houve uma quebra do contrato social.
Sempre que ocorre um acidente com óbito abre-se um inquérito. A vítima é conhecida. Quem será o réu? O motorista do caminhão? As quatro garotas? Não seria também réu, nesta quebra de contrato, o governante?
Num contrato ambas as partes têm responsabilidades a ser cumpridas. Fazer cumprir a lei é responsabilidade do governante. Acidentes de trânsito estão acontecendo porque as normas são transgredidas. De um lado os transgressores. Do outro a não fiscalização, permitindo que ciclistas circulem na contramão provocando acidentes.

sábado, 1 de junho de 2013

Estoicismo


Algumas frases precisam ser repetidas inúmeras vezes para, quem sabe, surtir efeito no seio da sociedade. A frase é a seguinte: o passado é o alicerce do futuro.
A filosofia começou muito antes da era cristã para os povos ocidentais. A Grécia é o berço dos grandes filósofos. A maioria deles quase desconhecidos pela maior parte do povo. É compreensivo que poucos se interessem por filosofia. Estudar o abstrato é um tanto difícil. É mais fácil estudar os resultados concretos destes estudos que não é possível tocar com as mãos.
O homem sábio obedece à lei natural. Estoicismo tem como princípio a rigidez dos princípios morais. Os estoicos exerceram profunda influência na ética cristã dos primeiros tempos do cristianismo. Atualmente não sei. Algumas Igrejas ainda aceitam a resignação diante do sofrimento, da adversidade, do infortúnio. Estes são alguns princípios do estoicismo.
Bandidos não tem moral. Pelo menos a moral que acreditamos ser a conduta correta e natural a ser seguida em uma sociedade justa e fraterna. Enfim, em qualquer sociedade. Por outro lado, também não tem moral, grupos que protegem bandidos, argumentando que são seres humanos, esquecendo-se dos atos desumanos praticados por transgressores da ordem estabelecida.
Existem inúmeras entidades para acolher bandidos. Outro tanto para abrigar usuário de drogas. A maioria destas entidades recebe dinheiro público. Recursos retirados do erário proveniente dos impostos que naturalmente o povo paga.
Existe asilo para pessoas velhas, Associação de diabéticos, Associação de Senhoras que ajudam os doentes de câncer e outras associações de amparo social à população sem recursos financeiros. A maioria, para não dizer todas estas entidades, sobrevive com esforços próprios, promovendo almoços, jantares, rifas, campanhas pedindo doações. Raramente vêm recursos do governo.
Famílias de bandidos presos têm ajuda financeira do Governo. Usuários de drogas também têm ajuda financeira para se tratar. Alguém tem que pagar a conta da clínica. De quebra, o governa gasta milhões de reais com o maior cabresto eleitoral. O Programa Bolsa Família é de fundamental importância para que o partido do mensalão se mantenha no poder. É imoral maquiar este estelionato eleitoral como uma obra social.
“Quando o governo dá dinheiro para alguém, ele retirou de outro”. Todo mundo sabe disto. E todo mundo sabe também que, a maioria só tem ajuda do suor de seu rosto para conseguir dinheiro para pagar a escola, o médico e o vigilante que toma conta do quarteirão. Pagamos impostos, mas não temos escolas, hospitais e segurança compatível com o que pagamos.
Os aposentados estão endividados e à beira de um colapso financeiro, porque os reajustes da aposentadoria não acompanha a inflação. Fato que os levou a contrair empréstimo consignado, por influência da propagando do governo federal.
Famílias de vítimas da bandidagem, as próprias vítimas e os aposentados não são assistidos por ninguém. Nem pela demagogia dos políticos que desconhecem o Estoicismo.
Por definição, Estoicismo é uma doutrina fundada por Zenão de Cício (335 – 264 aC) e desenvolvida por várias gerações de filósofos, que se caracteriza por uma ética a imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade”.
Estoicismo e Iluminismo são duas doutrinas que os políticos, militantes fanáticos e seguidores de política partidária não conhecem. A moral e a razão.