Terminada a Segunda
Guerra, a Europa estava destroçada. Felizmente os Templos foram preservados.
Dizem que o Papa fez um acordo com a cúpula Nazista. Se este acordo realmente
existiu, pouco importa. Obras arquitetônicas foram preservadas.
Residências, parque
industrial e prédios comerciais ficaram em ruínas. Em ruína também ficou a
economia dos países europeus. Foi então que o governo americano propôs a
aplicação do Programa de Recuperação Européia. Este programa ficou conhecido
como Plano Marshall em homenagem a George Marshall, seu criador.
Alguns historiadores
vêem este plano com olhos humanitários. Outros com olhos político-econômicos.
Tudo leva a crer que a principal intenção não era humanitária. Além dos Estados
do lado ocidental da Europa, a União Soviética e os países da Europa Oriental
também foram convidados. Josef Stalin acreditava que este plano era uma ameaça
à expansão do regime comunista na Europa e proibiu que países sob domínio
soviético participassem do plano de recuperação.
De certa forma era isto
mesmo. O plano foi desenvolvido para conter o avanço comunista, mas foi um
grande avanço para a economia da Europa. Para a economia americana não foi uma
ajuda e sim um investimento. O Plano Marshall durou quatro anos e no final deste
período o nível da economia européia ficou acima dos níveis anteriores à
guerra.
O reflexo da aplicação deste
plano para a sociedade ficou evidenciado em Berlin. A capital do Terceiro Reich
ficou dividida. O lado oriental ficou sob domínio soviético. O lado ocidental
sob domínio dos Estados Unidos, Inglaterra e França. O lado ocidental era um
jardim. O oriental uma favela.
Que o povo brasileiro
não tenha ouvido falar sobre o Plano Marshall não é de se estranhar. O estranho
é que os governantes também não ouviram e nem leram nada. Porque é hora de
aplicar este plano no Brasil. O que adianta ser a sexta economia do mundo?
Estados paternalistas como a União Soviética, Cuba e todos os países que viviam
sob a orientação soviética sucumbiram.
Os economistas clássicos
argumentam que o Estado deve intervir o menos possível nas atividades
econômicas. Este argumento tem sua origem na expressão francesa: laissez faire,
laissez passer, le monde va de lui-meme. Que significa: deixe fazer, deixe
passar, o mundo vai por si mesmo.
Mais de onze milhões de
pessoas vivem em favelas no Brasil. A cidade do Rio de Janeiro não tem lado
ocidental nem oriental. Tem Zona Sul e Norte. Zona sul é rica. A outra é uma
pobreza. Entre uma e outra existem as favelas. Um tsunami arrasou parte do
Japão. Em poucas semanas tudo estava reconstruído.
No Brasil ao invés de
construir casas para a população, urbanizam-se as favelas. Não pensem que
aquele teleférico que leva os moradores do sopé ao alto do morro é uma criação
do governo brasileiro para diminuir o sofrimento dos favelados. O projeto foi
importado da Colômbia. Lá se produz cocaína. Aqui ela é vendida quase que
livremente nos morros do Rio de Janeiro. Conhecida como a cidade maravilhosa.
Minha Casa Minha Vida é
um tipo polir as novas favelas que o governo está construindo. Deixe fazer,
porque o mundo vai por si mesmo. Por que o povo tem que morar numa casa que
cabe na garagem de minha casa? É isto mesmo. Estas casas são tão pequena que
cabem na garagem de muitas famílias. Sem contar que elas podem ter sido
construídas fora do memorial descritivo.
Não seria mais sensato
oferecer um plano às famílias para financiar a compra do terreno e a construção
de suas residências? Certamente que sim, mas um plano deste tipo não funciona
como cabresto eleitoral.