Nem
sempre é possível viver num ambiente ideal, tal qual nossa imaginação cria.
Todos os ambientes têm seu hora e seu tempo. DJ e baladas são para os atuais
adolescentes. Orquestra e bailes são para adolescentes de outros tempos e que
atualmente têm o privilégio de ter conhecimentos e gosto para músicas com mais
harmonia.
Ambiente
não é só decoração de festa. É tudo que nos cerca. As paredes, o jardim, os
colegas de trabalho e as amizades. Não é possível viver fora de um ambiente. E
se for saudável, a vida será muito melhor.
A
natureza é o ambiente que vivemos. Em nossas casas cuidamos do jardim.
Plantamos roseiras, plantas ornamentais e lá num cantinho até árvores
frutíferas. O bairro e a cidade são, ou deveria ser, a extensão de nossos
lares. Não é o que vemos quando saímos para trabalhar ou à tão benéfica
caminhada.
Caminhar
pela calçada é missão quase impossível. Existem muitas em mau estado de
conservação. Outras com rampas para entrada de carros. De tão altas parecem
obstáculos. Sem contar que existem desníveis de um vizinho para outro. E para
fechar, não há arborização adequada. Melhor ficar no ambiente do jardim de
casa.
Ambiente
é tudo que nos cerca. E Meio Ambiente? Também é tudo que nos cerca e para que
seja preservado é preciso observar os fatores físicos, químicos e biológicos. A
preservação do meio ambiente é um ato típico de pessoas evoluídas. A evolução é
pessoal e nada tem a ver com escolaridade ou nível intelectual. Sobretudo
riqueza.
Pescador
profissional não deveria existir no Estado de São Paulo. Este parasita vive da
pesca e não observa as leis, utilizando a pesca predatória. Quem quiser vender
peixe, que os crie. Tal qual o pecuarista faz, cria boi para vendê-los.
Sem
água não é possível viver. Rio sem peixe é rio morto. Tanto os rios como os
peixes fazem parte do meio ambiente. É preciso preservá-los. E por que não
revitalizar os córregos urbanos de Birigui?
Entra
prefeito, sai prefeito e o problema continua. O problema chama-se: falta de
água nas torneiras. Só falta água nas torneiras, porque as do Ribeirão Baixote
continua sendo perdida e indo para o Rio Tietê. Água do Baixote não rende
dividendos. Poço profundo rende. Não se sabe pra quem, mas rende. Então? Por
que o Ministério Público não questiona? Em entrevista num programa de rádio, o
prefeito disse que será perfurado mais um poço profundo.
Inúmeras
regiões da Terra sofrem com o flagelo da seca. Falta água de superfície. Nestas
regiões a alternativa é perfurar poços. Não é o caso de nossa cidade. Por que
buscar água no subsolo, se temos em abundância na superfície? É aceitável a
existência de poços para eventual emergência, mas não explorá-lo
comercialmente, como está sendo feito e provavelmente assim também será com o
novo poço. Traduzindo: dinheiro para o bolso de alguém.
Pode
um poço causar danos ao meio ambiente? Pergunta difícil de ser respondida, mas
estudiosos afirmam que o centro da Cidade do México está afundando porque houve
abertura de poços de maneira desordenada, causando o rebaixamento do lençol
freático. Este problema, no entanto, não é do nosso prefeito. É do prefeito
mexicano.
A
voçoroca não é só um buraco provocado por erosão pluvial. Pode aparecer uma
cratera de um momento para outro. Sem aviso prévio. Porque ao retirar a água do
subsolo, ficou um caverna que pode ruir a qualquer instante. Há registro deste
fenômeno em nossa região.
A
preocupação não é com a voçoroca ou com o rebaixamento do lençol freático e sim
com o Meio Ambiente. Plantar árvores nas ruas, cuidar das matas ciliares,
utilizar água de superfície e assim preservar a água do subsolo para quem
realmente precisa.