sábado, 31 de dezembro de 2011

Plano Marshall


Terminada a Segunda Guerra, a Europa estava destroçada. Felizmente os Templos foram preservados. Dizem que o Papa fez um acordo com a cúpula Nazista. Se este acordo realmente existiu, pouco importa. Obras arquitetônicas foram preservadas.

Residências, parque industrial e prédios comerciais ficaram em ruínas. Em ruína também ficou a economia dos países europeus. Foi então que o governo americano propôs a aplicação do Programa de Recuperação Européia. Este programa ficou conhecido como Plano Marshall em homenagem a George Marshall, seu criador.

Alguns historiadores vêem este plano com olhos humanitários. Outros com olhos político-econômicos. Tudo leva a crer que a principal intenção não era humanitária. Além dos Estados do lado ocidental da Europa, a União Soviética e os países da Europa Oriental também foram convidados. Josef Stalin acreditava que este plano era uma ameaça à expansão do regime comunista na Europa e proibiu que países sob domínio soviético participassem do plano de recuperação.

De certa forma era isto mesmo. O plano foi desenvolvido para conter o avanço comunista, mas foi um grande avanço para a economia da Europa. Para a economia americana não foi uma ajuda e sim um investimento. O Plano Marshall durou quatro anos e no final deste período o nível da economia européia ficou acima dos níveis anteriores à guerra.

O reflexo da aplicação deste plano para a sociedade ficou evidenciado em Berlin. A capital do Terceiro Reich ficou dividida. O lado oriental ficou sob domínio soviético. O lado ocidental sob domínio dos Estados Unidos, Inglaterra e França. O lado ocidental era um jardim. O oriental uma favela.

Que o povo brasileiro não tenha ouvido falar sobre o Plano Marshall não é de se estranhar. O estranho é que os governantes também não ouviram e nem leram nada. Porque é hora de aplicar este plano no Brasil. O que adianta ser a sexta economia do mundo? Estados paternalistas como a União Soviética, Cuba e todos os países que viviam sob a orientação soviética sucumbiram.

Os economistas clássicos argumentam que o Estado deve intervir o menos possível nas atividades econômicas. Este argumento tem sua origem na expressão francesa: laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-meme. Que significa: deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo.

Mais de onze milhões de pessoas vivem em favelas no Brasil. A cidade do Rio de Janeiro não tem lado ocidental nem oriental. Tem Zona Sul e Norte. Zona sul é rica. A outra é uma pobreza. Entre uma e outra existem as favelas. Um tsunami arrasou parte do Japão. Em poucas semanas tudo estava reconstruído.

No Brasil ao invés de construir casas para a população, urbanizam-se as favelas. Não pensem que aquele teleférico que leva os moradores do sopé ao alto do morro é uma criação do governo brasileiro para diminuir o sofrimento dos favelados. O projeto foi importado da Colômbia. Lá se produz cocaína. Aqui ela é vendida quase que livremente nos morros do Rio de Janeiro. Conhecida como a cidade maravilhosa.

Minha Casa Minha Vida é um tipo polir as novas favelas que o governo está construindo. Deixe fazer, porque o mundo vai por si mesmo. Por que o povo tem que morar numa casa que cabe na garagem de minha casa? É isto mesmo. Estas casas são tão pequena que cabem na garagem de muitas famílias. Sem contar que elas podem ter sido construídas fora do memorial descritivo.

Não seria mais sensato oferecer um plano às famílias para financiar a compra do terreno e a construção de suas residências? Certamente que sim, mas um plano deste tipo não funciona como cabresto eleitoral.