terça-feira, 11 de setembro de 2012

Refletir


Refletir sobre atos cometidos pode levar as pessoas a rever seus conceitos e mudar o modo de vida. As mudanças ocorridas na União Soviética, promovidas por Mikhail Gorbachev, que ficaram conhecidas como Perestroica e Glasnost modificou por completo a vida das pessoas e do regime político implantado pela força em 1917. Entretanto, a truculência da Revolução Russa começou a ser quebrar com as revisões que Nikita Kruchev propôs ao partido comunista soviético as quais foram aceitas.
Perestróica significa reconstrução e glasnost transparência. A proposta era dar uma nova ordem à precária economia soviética e dar transparência aos atos do governo. No ocidente a palavra glasnost ficou conhecida como liberdade de expressão. Antes desta liberdade de expressão os jornalistas não podiam levar ao povo os reais acontecimentos e atitudes do governo. Só podiam publicar o que o partido permitia.
No Brasil nunca houve algo parecido, mas podemos traçar um paralelo entre as reformas soviéticas com a Lei da Anistia assinada pelo Presidente João Baptista Figueiredo. Os crimes foram perdoados e quem estava foragido pode voltar a viver entre seus familiares.
Lei? Ora a lei. Para que serve uma lei? Supostamente para ser cumprida. Não é bem o que acontece, pois os advogados as interpretam conforme as necessidades dos clientes. A Justiça nada pode fazer.
O serviço militar no Brasil é obrigatório. Todo jovem é obrigado a se alistar no ano que completa dezoito anos e serve às Forças Armadas no ano que completa dezenove anos. Assim estava em serviço no dia 26 de junho de 1968 na 5ª Companhia de Fuzileiros, do 2˚ Batalhão, do 4˚ Regimento de Infantaria Raposo Tavares o jovem fuzileiro Mário Kosel Filho. Foi quando um carro bomba explodiu tirando a vida deste jovem brasileiro. A imprensa da época informou que, entre os terroristas que provocaram o atentado estava a atual Dona Presidente.
O fato das pessoas terem pegado em armas e manchar as mãos com sangue pouco importa. Cada pessoa tem a sua cabeça, consequentemente responde por seus atos. Neste momento da vida pública brasileira está acontecendo um fato inédito. É o julgamento da quadrilha que atuava na sede do governo federal; o Palácio do Planalto.
Neste mesmo momento da vida pública a Comissão Nacional da Verdade, formalizada através de lei sancionada pela Dona Presidente, pretende abrir processo contra o Coronel Curió, como assim é conhecido o Coronel Sebastião Rodrigues de Moura, atualmente na reserva, pela sua atuação na Guerrilha do Araguaia.
Se o Coronel pode ser processado, por que a terrorista que atacou o quartel do 4˚ Regimento em Quitaúna não pode? Estão rasgando a Lei da Anistia. Nada impede que rasguem a Constituição. É desta forma que os dirigentes do Brasil agem. Sempre a favor de suas conveniências. Continuam rancorosos ao longo do tempo e quando podem tentam eliminar os adversários, às vezes, considerados inimigos.
A sociedade tinha receio que o Supremo Tribunal Federal não condenaria os componentes da quadrilha do Planalto. Este receio está se desfazendo. Tudo indica que os mensaleiros serão condenados. Por enquanto o Sr. Luiz Inácio não foi indiciado.
Não dá para entender a Dona Presidente. Defendeu o Sr Luiz Inácio dos comentários que Fernando Henrique Cardoso fez sobre o ex-presidente. Defendeu o ex-presidente, entretanto, não proibiu os cortes que estão sendo feitos na PETROBRÁS. A PETROBRÁS era o covil da turma do ex-presidente, que a presidente Graça Foster está depurando. No final da depuração o povo vai saber quem realmente é o Sr Luiz Inácio.