sexta-feira, 8 de maio de 2009

Saude

Não há erro de acentuação. Saude é a terceira pessoa do modo imperativo afirmativo do verbo saudar. Saude você a saúde do primeiro mundo. O ministro Dílson Funaro morreu de câncer linfático. Provavelmente não existia medicamento para a cura ou minimizar a dor da doença. Os tempos mudaram. A ministra não vai morrer do câncer que ela tem. Ela está recebendo tratamento com um medicamento que custa oito mil reais cada frasco. Como eu não sei o que é um linfoma, eu também não saberei calcular quantos oito mil reais serão precisos para curá-la. Todas as pessoas têm o seu valor e todas as vidas devem ser preservadas. Exceto os vírus da gripe mexicana.

Se a ministra for rica como era o ministro, terá uma sorte melhor que ele. A pessoa do povo que sofre desta enfermidade morre. Porque o povo não tem como se tratar de um câncer linfático. Este medicamento não está entre os medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde. O governo não autoriza tratamento caro. Pobre tem que morrer.

Nos países do primeiro mundo os impostos são altos, mas não mais altos dos são praticados no Brasil. O nosso país é administrado por um metalúrgico, que era pobre. Provavelmente ele não se lembra disso. Será que tinha recursos financeiros para custear uma doença como o da ministra, antes de ser sindicalista? Quando ele deixou de ser metalúrgico para ser sindicalista, tudo mudou. Provavelmente passou a ter condições de ter uma vida de primeiro mundo. Mas os metalúrgicos continuaram sendo metalúrgicos. Continuam pagando imposto e não tendo atendimento médico condizente com os impostos recolhidos. Os metalúrgicos e todas as pessoas que trabalham e produzem a riqueza da nação.

Para matar a gripe não precisa ser espanhola ou mexicana. Qualquer gripe mata. Nunca se vê escrito no atestado de óbito, que a causa da morte foi por gripe. Normalmente a pessoa morre de pneumonia, embolia ou sei lá o que. Depois de morto pouco importa qual foi o motivo para constar no atestado de óbito. O que importa é saber por que houve a morte de um ser. E desta morte tirar ensinamentos para evitar outras mortes.

Muito está sendo discutido em Birigui o fato do pronto-socorro estar localizado longe da Santa Casa. Pelo que se sabe não foram os médicos que fecharam o pronto-socorro da Santa Casa. Tudo indica que foi uma decisão do Poder Executivo Municipal.

Recentemente em um latrocínio, usando a força do pleonasmo, a vítima foi a óbito. Poderia não ter ido. Poderia estar trabalhando em sua lanchonete e ajudando a produzir a riqueza da nação. Segundo os profissionais da saúde o que salva uma vida é a rapidez com que a vítima, ou o paciente é atendido. A ambulância pode ser veloz, mas se dentro dela não tiver aparelhos e instrumentais, pouco pode se fazer para manter a vítima viva.

A Constituição do Estado de São Paulo estabelece que o dirigente de saúde tenha graduação na área da saúde. O secretário de saúde do seu município é graduado em que curso? Qual é a profissão dele?

Tive um professor de direito civil que dizia que o professor é fundamental numa faculdade. Justificava dizendo que se não houvesse professor não havia a necessidade de uma faculdade de direito. Bastava ler. Literatura não falta. Quem lê sabe o quanto é bom ter um professor. O bom professor ensina os caminhos das pedras. Simão Pedro não andou sobre a superfície da água? O Mestre lhe ensinou o caminho das pedras. Professor é toda pessoa que sabe ensinar. O bom infante é aquele que procura conhecimento de quem tem.

Saúde não pode ser tratada como uma peça política. O prefeito não deve nomear um secretário porque politicamente interessa ao partido ou a acordos de bastidores. O povo vota porque é obrigado. Poucos têm consciência do voto, porque poucos candidatos demonstram preocupação com o povo. Este candidato que não demonstra preocupação com o povo também não se preocupa com suas nomeações. Às vezes é preciso ouvir um professor.

A Secretaria de Saúde do município de Birigui dispensou dois profissionais da área de saúde, cujos salários eram pagos pelo Governo Estadual. Para os dois cirurgiões-dentistas pouco importa onde vão trabalhar. Continuarão recebendo seus salários trabalhando em outro município. É de se supor que estas duas vagas sejam preenchidas. Os honorários destes dois novos profissionais sairão dos cofres da prefeitura e não do Estado.

Não dá para saudar a saúde do município de Birigui