domingo, 18 de setembro de 2011

Estorvo

Tudo que atrapalha ou impede a realização de algum projeto ou a administração de uma empresa privada ou da coisa pública é um estorvo.

Ninguém gosta de pagar impostos. Não por ser uma imposição, fazendo uma redundância, imposta pelo Estado. Exceto os parasitas da sociedade, aqueles que não pagam impostos para aumentar o próprio capital, a maioria das pessoas acredita que pagar impostos é necessário. A repulsa é pelo mau uso da receita arrecadada.

Esta semana que se finda, as Associações Comerciais utilizando-se do impostômetro informou os valores que o povo pagou de imposto nos três níveis de governo. Dá para deixar a razão de lado e pensar em tomar as mesmas medidas tolas que a Dona Presidente, José Dirceu e outros componentes do governo, que foram terroristas, fizeram contra o regime militar. Sujar as mãos com sangue. Felizmente o povo não deixa a razão em nenhum momento. Continua pagando impostos e não reclama.

Este grupo, que foi anistiado, chegou ao poder e não promoveram mudança alguma. A não ser promover a corrupção e criar um novo clientelismo, que eles denominam inclusão social. Isto é, doar dinheiro público para os programas Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e outros.

Se os governos não criaram nenhum novo imposto, depois que escrevi este artigo, são oitenta e cinco impostos. Nem todos têm este nome que poderia ser a fonte de bem estar para a população, torna-se um estorvo para a economia do Brasil encarecendo por demais o custo de nossos produtos e serviços. Destes oitenta e cinco alguns são denominados de impostos. Outros recebem uma camuflagem na denominação. Exemplos: COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, recolhimento para o PIS/PASEP – Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, recolhimento para o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, Taxa de Conservação e Limpeza Pública.

Na década de noventa falava-se muito em reengenharia. Um processo administrativo para tornar a empresa mais competitiva no mercado. Não é possível acreditar em uma reforma fiscal e tributária no Brasil. As razões são evidentes. Os políticos vivem dos investimentos do governo. Todas as despesas do governo são pagos com dinheiros arrecadados pelo pagamento de impostos e todas as artimanhas utilizadas para aumentar a receita. Político não vai atirar no próprio pé.

Se os políticos do Congresso Nacional não vão atirar no próprio pé, resta ao ministro da Fazenda promover uma reengenharia. Esta abertura é possível porque o ministro reconheceu, em entrevista, que a carga tributária no Brasil é muito pesada. Pode-se dizer um estorvo para quem produz. O próprio ministro disse algo sobre unificação de impostos. Pode ser uma falácia típica do bando do Planalto, como pode ser uma luz no final de um túnel escuro com armadilhas e muito longo para ser percorrido.

Dos desmandos do Planalto Central só ficamos sabendo pela imprensa. Dos desmandos das prefeituras nós vemos com nossos próprios olhos. Dinheiro público é gasto em obras desnecessárias em detrimento a outras prioridades.

Algumas prefeituras gastam dinheiro público com publicidade de obras de recapeamento das ruas. Outras prefeituras gastam dinheiro público com publicidade da reforma da Santa Casa de Misericórdia e construção de um Pronto Socorro.

A Dona Presidente gasta dinheiro público inaugurando o início de uma obra, colocando a pedra fundamental. A campanha política para o Palácio do Planalto não acabou ou já começou outra? Antigamente só se inaugurava obra acabada.

Estes atos políticos são entulhos, que causam um estorvo.