sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Polução

Uma garota muito linda narrava, para um amigo, o sonho que tivera durante a noite toda com seu namorado. Momentos inesquecíveis, disse ela. Lamentou quando o despertador interrompeu o sono e o sonho ficou na memória somente. Para os homens, disse o amigo, o desfecho destes sonhos são um pouco diferentes. Acorda-se molhado e uma mancha no lençol. Não há uma linda garota dormindo ao lado. Ambos, porém, concordaram com um ponto em comum. Ao acordar, o sonho ficou somente na memória e a esperança que o sonho aconteça fora do sono.

Tem gente que sonha acordado. E faz de seu sonho uma vida de luta à procura de um ideal. Depois da diáspora os judeus ficaram sem um solo pátrio. Na Palestina viviam judeus e árabes. Não havia guerra. Por um ato político a ONU criou o Estado de Israel. O sonho dos judeus foi realizado. Ao despertar para a realidade notaram que não havia paz nem harmonia. Havia uma mancha no lençol.

Sede de poder também é sonho de gente que sonha acordado. Quem quer perder o poder? Ninguém que o tenha. E para mantê-lo todas as armas são usadas.

Ralé não é uma palavra pejorativa. É um substantivo que designa uma camada inferior na sociedade. Entretanto, este substantivo também é usado para designar pessoa de má índole. Não tem como evitar a pirâmide social, cuja construção é alicerçada nos valores econômicos e financeiros de cada pessoa ou sua família.

De certa forma todas as pessoas querem sair da base desta pirâmide. Lutam e sonham para atingir este objetivo. Alguns sonham dormindo. Outros acordados. Os industriários são aqueles que sonham acordados. Para construir um fábrica, seja ela de que ramos for, não basta ter conhecimento. É preciso ter capital. E não se sabe por qual lei é regido esta norma. Alguns têm capital. Outros não. Sem capital não há indústria. Em sonho real não há mancha no lençol.

É provável que os dirigentes do Brasil sonham em tornar nosso país num Paraguai elevado à enésima potência. Nada pessoal contra o país vizinho. É de domínio público que nosso vizinho abriga carros e caminhões roubados no Brasil. Lá também vivem bandidos foragidos. O governo está abrigando um terrorista italiano de militância comunista. Não deve existir nenhum remanescente do Partido Nazista. Fica a dúvida: será que o governo brasileiro daria abrigo a militantes da direita? É um ato humanitário ou um sonho que vai deixar mancha no lençol?

Felizmente na indústria não existe movimento dos trabalhadores sem fábrica. Já imaginaram se meia dúzia de funcionários invadisse uma fabrica para forçar o governo a lhes fornecer uma indústria? No comércio também não existe nenhum movimento de trabalhadores sem loja. Industriários, comerciários, industriais e comerciantes não sonham. Ninguém dá a estas quatro categorias nada. Trabalham e colhem frutos do próprio suor. Muitas vezes suores mais salgados que se pode supor, dado a tanta dificuldade para produzir produtos essenciais à sociedade. Um fato engrandece a jornada destas categorias: não há lençóis manchados.

A tendência de quem lê, que estuda é evoluir. Alguns pouco, outros se destacam. Tancredo Neves e Roberto Campos eram simpatizantes do comunismo na juventude. Em síntese do que eles disseram: militar ou ser simpatizante do socialismo ou da esquerda é próprio de púberes adolescentes. Tal qual a polução. Basta evoluir e tudo se passa.