domingo, 30 de novembro de 2008

Inconseqüência

Um ato aparentemente inocente por ser um ato ilícito. A mala branca está rondando os estádios de futebol. Para quem não acompanha as notícias de futebol, o fato é o seguinte: alguns clubes dependem da vitória de outros clubes para se classificarem, ou para não cair para outra divisão. O que é mala branca? Uma mochila, um baú ou uma mala mesmo. Nem precisa ser branca. Só precisa estar recheada de dinheiro. Dinheiro para incentivar um determinado clube a vencer a partida, para favorecimento do patrocinador da mala branca.

Em entrevista para as emissoras de TV, os jogadores não vêem nenhum ato ilícito, por ser apenas um incentivo para aumentar a poupança individual. Este ato inocente de incentivo tem o outro lado. O clube que vai perder o jogo terá prejuízo. Tanto na tabela de ponto como no campo financeiro.

O que chamou a atenção na entrevista com os jogadores, foi a preocupação que eles demonstraram em ter uma poupança. “Um dinheiro extra ajuda na poupança.”. Quantas pessoas fazem poupança?

Cada cidade tem suas peculiaridades. Duas cidades vizinhas nem sempre tem costumes semelhantes. Há cidades em que o povo é empreender. Outra o povo é poupador. Nas cidades empreendedoras, as contas correntes têm movimento intenso. Nas poupadoras as cadernetas de poupanças só engordam. O que é melhor poupar ou empreender?

Talvez o povo não poupa, porque o governo não poupa. Por conveniência, em algumas situações, incentiva o consumo. Pode ser salutar para a economia, mas pode ser o início de uma infecção para a economia doméstica. Sem poupança a família não esta segura.

Quem gosta de navegar pela Internet e tem o hábito de visitar blogs, encontrará fatos que beira a desumanidade. Estes fatos estão sempre relacionados com a saúde. Famílias sem poupança não dispõem de recursos para tratamento de enfermos. Os órgãos públicos, por sua vez, dizem, que trabalham com os recursos que estão disponíveis. O povo. Sempre cometendo atos aparentemente inocente no presente, mas tornam-se inconseqüentes no futuro. Votar por votar.

Como eu não faço pesquisa na Internet para escrever, nem imagino o quanto o governo do Brasil gastou para sustentar o estelionato eleitoral chamado Fome Zero. Dar esmola é dinheiro que vai e não volta. Dinheiro não é como erva daninha que nasce sem ser plantada. Dinheiro é como uma cultura de arroz. Precisa ser plantada, cultivada, e depois colhida. Não se deve contar com o petróleo da camada de sal, sem saber se ele existe. São atos aparentemente inocentes. O Fome Zero esvaziou o cofre, que poderia ser uma poupança para Santa Catarina. O petróleo da camada sal inspirou o governo a criar programas assistencialistas. Programas que não ensinam a pescar.

Santa Catarina está lá. Uma catástrofe que nem Santa Catarina poderia ajudar. Não existe culpado. A natureza é assim. Mexa com um touro. Ele pode olhar para você, lamber as ventas e continuar pastando. Mas ele pode não ter gostado e enfiar o chifre na sua barriga. A opção é dele. A natureza é quem opta pelos seus atos. Cabe a nós procurar alternativas para suportar a ira desta força ilimitada.

Incêndios, ventos e chuva são os promotores de desastres naturais no Brasil. Por menor que seja o desastre, a defesa civil, embora preparada, não dispõem de recursos para atuar e aliviar a dor dos flagelados. Por que o governo não fez uma poupança para atender estes casos de desastre natural? Lei existe para tal fim.

Todas as cidades estão se mobilizando para mandar ajuda para Santa Catarina. Birigui também. Só que Birigui se esqueceu de um fato. Aqui houve um vendaval. Casas foram destruídas ou destelhadas. Tal qual o governo federal. O municipal nada fez.