sábado, 25 de outubro de 2008

Futuro


O futuro só existe na nossa imaginação. Ele é virtual. Fica no terceiro diedro. Como a imagem de um espelho côncavo. Você vê. Parece real, mas não existe. O futuro é isto.

Hoje é passado na Austrália. Aqui é sábado. Lá é domingo. Eles vivem no nosso futuro e nós vivemos no passado deles. O futuro existe ou não existe?

Se existe ou não é melhor nos prepararmos, porque ninguém sabe o que vai acontecer conosco ou com o mundo daqui a três horas. O previdente sabe que é preciso se preparar para o futuro. Trabalhar, fazer poupança, pagar convênio para a saúde e previdência. Mesmo que seja para o INSS. E o mais importante é votar corretamente.

Quem gostava de escrever sobre o futuro era Nostradamus. Eu tenho dois livros sobre Nostradamus. Um sobre suas profecias. O outro são as explicações das profecias. As profecias são interpretativas. Por outro lado, quem não é mundano ou profano? Logo, passei a acreditar em horóscopo, nos profetas da Bíblia. E porque não em Nostradamus? Como é interpretativo, posso não ter o nível ideal para entender. Eu não acredito,mas pode ser verdade.

Recebi um e-mail que está mais para chacota do que para uma mensagem construtiva.

Diz o texto de Nostradamus: “Próximo ao terceiro milênio uma besta barbuda descerá triunfante sobre um condado do hemisfério sul, espalhando desgraça e miséria. Será reconhecido por não possuir seus membros superiores totalmente completos e trará consigo uma horda.”. Este trecho da centúria de Nostradamus está na página 102.

Cético que sou, não acredito que o texto se refira somente ao Presidente da República, seus ministros e todos os apadrinhados do Partido dos Trabalhadores. A profecia pode ser encontrada em qualquer gabinete do Poder Executivo. Sobretudo nos municipais.

“De Volta para o Futuro”. Voltar para o futuro só pode ser coisas de Hollywood. Mas não é. Neste mesmo espaço, no dia 04 de dezembro de 2004, escrevi que dois terços dos eleitores de Birigui não votaram no vencedor. Além do vencedor ter tido a preferência de apenas um terço dos eleitores, ele teria uma esmagadora oposição na Câmara dos Vereadores. Se estivéssemos num país com políticos de conduta moral ilibada. Ocorreu que no dia seguinte à posse, o prefeito passou a ter a maioria na Câmara de Vereadores. Se a história se repete, qual será o novato, que vai declarar, que trocou de lado porque houve troca de favores com o prefeito?

Fernando Gabeira escreveu um artigo interessante na Folha de São Paulo em 2005. Em seu artigo ele compara a Ditadura Militar com o Governo Lulla. A Ditadura neutralizava as ações do Congresso pelo medo. O Governo Lulla pelo pagamento de mesadas. Segundo Gabeira tanto um governo como o outro desmoralizaram o Congresso Nacional destruindo a moral dos parlamentares. Ficando estes reféns do Poder Executivo. Gabeira conclui que os militares saíram do governo de forma estratégica. Não muito devagar para não parecer que fosse provocação. Nem muito rápido para não transparecer medo. Já o Governo Lulla não percebeu que a Polícia está chegando.

Voltando para o futuro. No segundo dia da futura legislatura o prefeito terá novamente maioria na Câmara. A moeda será a mesma que o Planalto usa. Pagamento de mesadas. Nem sempre é moeda corrente. Favores, ameaças, nomeações de correligionários, cabos eleitorais, irmãos de não sei quem, sobrinhos, tias, e até a vizinha.

O que ocorrerá no dia 2 de janeiro. Dos vereadores reeleitos somente dois continuarão fieis ao grupo do Deputado. Os novatos já mudaram de lado. Estamos vendo o planejamento do futuro ou revendo o passado a ser aplicado no futuro?