sábado, 24 de agosto de 2013

Chicana


Toda vez que ouvimos a palavra chicana, logo nos lembramos daqueles obstáculos nas pistas de Fórmula Um, obrigando os pilotos a fazer zigue-zague diminuindo a velocidade dos carros.
Joaquim Barbosa utilizou esta palavra num sentido que é pouco conhecido pelo povo em geral. Chicana é um ato que dificulta o andamento de um processo. Ou seja: qualquer astúcia ou trapaça em litígios judiciais, ação capciosa, manobra de má-fé, ardil, fraude, tramoia, trapaça. Esta palavra foi dirigida ao ministro Ricardo Lewandowski. A razão é conhecida e abominada por todos que querem políticos e pessoas corruptos na cadeia. Lewandowski defende a absolvição dos mensaleiros. Sobretudo dos principais acusados.
Os petralhas quando assumem o poder, aparelham as instituições. Tudo deixa a transparecer que o STF também foi aparelhado. É o caso do ministro revisor do processo contra os mensaleiros. Entretanto, veio a público outra chicana do ministro, denunciada pela revista Veja. Trata-se da aprovação das contas de campanha eleitoral de Dilma Rousseff. O auditor do TSE, Rodrigo Aranha Lacombe, após conferir as planilhas de gastos, descobriu diversas irregularidades, recomendando a rejeição das contas eleitorais. Na prática, significava impedir a diplomação da presidente Dilma, como determina a lei. Manchete da revista Veja: A ordem veio de cima. Lewandowski mandou alterar o parecer. As contas foram aprovadas e a eleita diplomada.
“Discutir com petista é como jogar xadrez com pombo. Ele vai derrubar as peças, defecar no tabuleiro e sair de peito estufado cantando vitória”. Esta frase é atribuída ao Lobão. Palavras do roqueiro, não do ministro. Lobão também não usou o verbo defecar. Usou um sinônimo mais popular. De qualquer forma, é bom abrir discussão sobre atos que o governo está tomando. Importar médicos é um deles.
Alguém acredita que, o propósito de importar médicos é uma alternativa para a saúde? Evidente que não. O projeto é outro. O ministro da saúde não criou nenhum projeto, que estimulasse médicos brasileiros, para interiorizar a medicina. Alternativas existem, mas elas não servem aos interesses do Partido dos Trabalhadores. Esta é a razão porque estão importando médicos cubanos.
Esta decisão de importar os quatro mil médicos cubanos, que se fossem brasileiros seriam etiquetados como escravos pelo Ministério do Trabalho e pertencem sem exceção ao Partido Comunista Cubano, tem como pano de fundo a saúde. O verdadeiro interesse é de natureza ideológica, política e eleitoral. Estes agentes fazem parte de uma espécie de exército de jaleco para trabalhar pela causa socialista.
O governo pagará R$ 10 mil por cubanos importados e esse dinheiro será repassado ao governo de Cuba. O suposto médico receberá apenas R$ 3 mil. R$ 7 mil fica para Cuba. Os petistas estão financiando o regime de Cuba.
Esse mesmo tipo de contrato vigorou com a Bolívia, Equador e Venezuela. Por que etiquetá-los de escravos? Os médicos chegam sem suas respectivas famílias. Nem pensam em desertar ou pedir asilo. Suas famílias são reféns.
O Brasil não terá nenhum controle sobre os médicos. Embora trabalhando para o serviço público, os médicos obedecem ao comando de Cuba. Estão em território brasileiro, mas sob a vigilância do Partido Comunista. Destes médicos exige-se que, em contato com comunidades pobres, sejam agentes de propaganda do governo.
Foi mais uma chicana do PT interiorizar a medicina com médicos brasileiros, pois se contava com o fracasso para importar os cubanos. É evidente que, caso fosse criado às devidas condições para interiorizar os médicos brasileiros, Alexandre Padilha, ministro da saúde, não contaria com essa sujeira.