segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Normal


Bom mesmo quando normal era só o curso que graduava professores para o ensino primário ou o real significado da palavra que designa algo previsível.

Na União Soviética era normal não ter greve. Todo mundo trabalhava ou era obrigado a trabalhar. Como nem tudo é normal, havia aquelas pessoas que não tinham preferência pelo labor. Preferem tirar proveito desta situação. Existe uma palavra em russo designa este comportamento, mas não me lembro mais. Em português o vocábulo que mais se aproxima é: chupim. Aquele que se aproveita do trabalho dos outros.

Segundo alguns historiadores, a greve no Brasil sempre teve fundo político. Começou entre operários que foram inflamados a se revoltarem contra os patrões, por comunistas infiltrados nos sindicatos, os quais eram financiados pelo “ouro de Moscou”. Lá não podia ter greve. Aqui pode.

Na década de 1930, Luiz Carlos Prestes, o então líder comunista no Brasil, recebia um salário de seis mil dólares do governo soviético. Para ter uma idéia do montante, o aluguel de um apartamento classe média no Rio de Janeiro custava setenta dólares.

No ano de 1935, Stálin mandou sessenta mil dólares para a revolução comunista no Brasil. O dinheiro era repassado por comerciantes laranjas em São Paulo e Buenos Aires. Tudo normal para eles, pois o propósito era tornar o mundo comunista. Há relatos que uma parte deste dinheiro foi desviada. Desviar dinheiro é normal no Brasil.

Não se sabe ao certo quando foi que começou a ser normal desviar dinheiro público. Ainda não li o livro “Arte de furtar”, escrita pelo Padre Antônio Vieira em 1652, que foi encaminhado para o Rei Dom João IV de Portugal. Provavelmente seja o primeiro relato de como se desvia dinheiro público. Quem lê jornal vai chegar à conclusão que nada mudou. Como eufemismo é uma prática comum no Brasil, a Dona Presidente mudou o nome do ato de corrupção para “malfeitos”.

O dinheiro de Moscou desviado aqui em São Paulo, também foi desviado lá em Moscou. Era dinheiro que poderia ser aplicado para o bem estar do povo russo e das outras repúblicas, foi desviado para promover uma revolução que nunca ocorreu. Entretanto, está prática que comunistas e socialistas usam continua ser normal.

A Dona Presidente foi a Cuba. Vale à pena lembrar duas manchetes sobre atos da Presidente, que no passado foi terrorista: “Dilma desembarca em Havana para emprestar US$ 1,37 bilhões do dinheiro brasileiro a Cuba.”. Outra manchete: “Dilma anuncia o corte das verbas de Segurança no Brasil no valor de R$ 1,03 bilhão.”.

Deixando saúde e educação de lado, que são duas necessidades essenciais para a população, o impasse está na segurança. É um impasse porque sem dinheiro é impossível resolver os problemas com segurança pública.

Greve é um ato de guerra que, só se deflagra se não houver alternativas para evitá-la. Em toda guerra há um perdedor que fica subjugado ao vencedor. A grave dos policiais militares da Bahia está motivando policiais de outros Estados a declararem greve também.

Para a população não há nada de normal ruas sem patrulhando policial. Afinal impostos são pagos para serem revertidos em obras e bem estar do povo brasileiro. Não cubano.

O modus operandi dos dirigentes da greve dos Policiais Militares na Bahia segue a cartilha dos terroristas das décadas de 1960 e 1970, que queria tomar o poder pela luta armada. Escudo humano era um dos itens. Utilizar pessoas inocentes e alheias ao movimento. O mais grave: o líder da greve é um ex-policial. Será que a Presidente continua fiel aos propósitos que defendia no tempo que participava da luta armada? Não é normal.