segunda-feira, 18 de abril de 2011

Comportamento

A reação sobre o comportamento de uma pessoa ou de um grupo sempre tem suas razões que podem ser discutidas e elas nem sempre são unanimes. Freqüentemente há divergência de opinião.

Diz-se que a Constituição concede liberdade de expressão a todos. Não é bem assim. A Justiça pode suspender este direito. “O Estado de São Paulo” não pode escrever certos assuntos referentes a políticos. Dirigentes públicos eleitos pelo povo.

De onde vem o comportamento das torcidas de futebol? Torcida não ganha jogo. Tolice pagar para assistir uma partida. Está na hora do governo federal dar circo ao povo, pois pão já está sendo oferecido pelos programas ditos sociais.

Foi matéria em toda a mídia o comportamento da torcida de uma equipe de vôlei. Uma consciência coletiva avivou os sentimentos de homofobia contra um jogador da equipe adversária. Quando o direito de expressão sobrepõe ao bom comportamento hostilizando alguém ou algo, medidas conciliatórias devem ser tomadas. Se uma pessoa se declara homossexual, pode haver reação contrária, ainda mais se for em estádio de futebol ou vôlei.

Não me lembro qual foi o ditador soviético que proibiu a manifestação das torcidas em estádios de futebol. Aqui no Brasil as torcidas fazem o que bem entendem. Hostilizam atletas, árbitros, dirigentes e adversários. Atiram objetos nos jogadores e nos adversários e enfrentam a Polícia de igual para igual. Não que estes vândalos sejam iguais aos policiais. A questão é que os policiais não podem usar força contra os apadrinhados dos clubes de futebol. Os direitos humanos proíbem. Os torcedores organizados podem até matar.

O que se estranha é que estes acontecimentos vão para as páginas esportivas e não para o plantão policial. Raramente alguém é indiciado por estes comportamentos de selvageria. Quanto ao comportamento homofóbico, não seria um direito de expressão?

As emissoras de televisão, talvez para agradar a turma do Planalto, estão produzindo novelas com argumentos baseados nos anos da ditadura militar, enfatizando o movimento dos terroristas.

Naquela época o comportamento da sociedade era outro. Quem tinha o hábito de estudar até altas horas, podia sair de madrugada e ir a uma lanchonete comer alguma coisa em paz. Bandidos existiam, mas só em três locais eles podiam permanecer: no esconderijo, na penitenciária ou na sepultura. Naquela época a Polícia Militar tinha autorização para cumprir o seu papel na sociedade: segurança para as pessoas.

Numa daquelas noites de garoa e frio da década de setenta, três amigos tomavam sopa de cebola na padaria perto do Teatro Oficina. Todos do mesmo nível social e mesmo padrão de vida. De repente uma voz de comando: mãos na cabeça. A esta altura as portas estavam bloqueadas e antes que os três se virassem para ver do que se tratava o sargento da ROTA, já nas costas deles disse: vocês não precisam por as mãos na cabeça. Só os documentos, por favor. A Polícia Militar conhece o fenótipo do bandido e seu comportamento ao ser abordado.

A maioria das pessoas acredita que é um comportamento demagogo dizer que só Deus pode matar. A justificativa é simples e racional. O bandido mata também e mata pessoas honestas.

Ainda nesta semana, uma senhora fez uma denúncia. Policiais estavam executando uma pessoa. Acredita-se que prestimosa cidadã pensava que, se tratava de uma pessoa honesta sendo morta por grupo de extermínio ou coisa parecida.

O povo é assim. Elege bandido para cargos públicos e se manifesta contra atos policiais. Um erro não justifica outro, mas este comportamento da denunciante serviu para que?