sábado, 2 de janeiro de 2010

Seriedade

Pessoa séria não é aquela que esconde um lindo sorriso. Seriedade é uma característica de pessoas de caráter ilibado.

Pode-se afirmar que, a maioria das pessoas não tem a menor idéia do que seja ser cristão. Talvez por falta de informação. Os cristãos não têm o hábito de estudar o cristianismo. Rótulo é uma coisa. Atitude é outra.

O natal parece ser uma época de festa. Mas deveria ser uma celebração. Presentes para todos e mesa farta. Para quem pode. Do universo de cristãos de nossas cidades, poucos vão às celebrações das Igrejas cristãs. A preferência é pela confraternização.

Todo ano os funcionários da prefeitura responsáveis pela coleta de lixo, passam de porta em porta pedindo um bônus de natal. Se estes funcionários, além de receberem o salário, pedem dinheiro aos contribuintes é porque seus salários não são suficientes. Ou não são cristãos. São pessoas desprovidas de recursos, que aproveitam da magia do natal. Se o prefeito não proíbe, pode-se concluir que é conivente.

Não é prática dos desafortunados. Outras pessoas fazem o contrário. Recolhem prendas e as distribui pela periferia. Pelos asilos. Para as crianças pobres. Sem dúvida é um ato cristão. Não seria samaritano? A mão direita não precisa saber o que a esquerda fez. Não é assim que está escrito? Pena que isto não ocorre. As pessoas fazem publicidade dos atos de benemerência. Pessoas e empresas fazem filantropia como uma peça publicitária de seus empreendimentos.

O Presidente do Brasil, em épocas natalinas, participa de um banquete com catadores de papel das ruas. Demagogia do coronel de Garanhuns. Como ele próprio disse, não tem o hábito de ler. Seguramente não leu o Novo Testamento.

Os catadores de papel e de outros lixos recicláveis continuarão presos ao curral eleitoral. O Presidente disse que não pode fazer promessa para ajudá-los. A não ser que a terrorista seja eleita. Se isto ocorrer nós vamos pagar impostos e eles vão distribuir o dinheiro público para os necessitados. Quem precisar de assistência médica terá que aguardar na fila de espera. Mesmo que tenha pagado impostos.

Aldrin Rogers foi um pastor da Igreja Batista. Do jeito que eu gosto. Conservador. Em meados da década de oitenta fez um sermão. Daqui a dois mil anos entrará para o Novo Testamento, tal a grandeza do seu conteúdo.

Do sermão, algumas frases são marcantes como as seguintes: “É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. O governo não pode dar nada a ninguém que não tenha primeiro tomado de alguém. Não é possível multiplicar a riqueza, dividindo-a. Sempre que alguém recebe algo sem trabalhar para isso, alguém tem que trabalhar para ele, sem receber.”

Tudo que nós precisamos para ser uma pessoa séria está escrito no Antigo Testamento. A seriedade depende de cada um. O simbolismo que o natal nos trás é bom. Jesus nasceu para nos salvar.

A Polícia Militar neste período de natal tem trabalho dobrado. Ela tem que nos salvar dos danos que os bandidos podem nos causar. Além dos bandidos soltos, os poderes constituídos concedem o indulto de natal. Prisioneiros condenados por diversos crimes poderão circular pelas ruas. Nós teremos que nos trancafiar.

Não sei se o presidente da República é seguidor de Jesus ou de Robin Hood. Ele vai doar aos catadores de papel e recicláveis imóveis do INSS. O seguro-desemprego terá reajuste de 9,68%. Os aposentados terão apenas 6,14%.

Volte alguns parágrafos acima. Releia as palavras do pastor da Igreja Batista.
Período de natal é assim. Tudo pode. Só não pode deixar de pagar impostos. Possível razão da morte de Jesus. “Daí a César o que de César.”