sábado, 12 de setembro de 2009

Estoque

Produtos não são mais estocados. É uma opção administrativa. Sem estoque a empresa não mobiliza capital de giro, que pode ser matéria prima ou produto acabado.

O comércio vende produto acabado. Se não houver estoque o prejuízo será somente a venda não realizada. Na indústria é diferente. A fábrica tem que estar preparada para iniciar a produção assim que as vendas forem efetuadas. Se não houve estoque, o processo de industrialização pode não ser concluído dentro do prazo de entrega do produto acabado. Não entregar no prazo gera prejuízo à imagem da fábrica.

As farmácias não estocam mais medicamentos. Farmácia é um estabelecimento comercial. Se não houver no estoque o remédio prescrito pelo médico, o prejuízo é da farmácia. Deixou de vender. O paciente vai procurar outra farmácia.

Alguns medicamentos não são estocados em farmácias. Soro antiofídico cura a picada de cobra. Deve ser medicamento. Vacina previne. Vacina é medicamento? Não sei. Só sei que soro e vacina não são vendidos em farmácia. Por quê?

Esta semana a mídia publicou uma notícia alarmante. Alarmante para quem se preocupa com o povo pobre do nosso país. O povo rico procura tratamento na França ou na Suíça. A notícia alarmante é a seguinte: o estoque de remédio para a gripe influenza A (H1N1) só daria para atender 5% da população do Brasil. Quem deu esta notícia foi o Laboratório Roche, com sede na Suíça, que fabrica o medicamento. Desde que começou a pandemia o governo disse que tudo está sobre controle. Acreditar em quem? No governo ou no fabricante que vende o medicamento ao governo do Brasil?

A notícia só é alarmante porque a Organização Mundial da Saúde recomenda que o estoque de vacinas ou medicamentos seja suficiente para atender 25% da população. No nosso caso só 5% seriam atendidos. Existe falta de outros medicamentos, mas não é alarmante. Não é alarmante porque ninguém sabe. Ninguém?

70% do povo brasileiro não têm plano de saúde. Todo mundo sabe por quê. Custa caro. A população é pobre. Não tem poder aquisitivo para pagar. Ao pobre só resta o Sistema Único de Saúde. Que é precário e uma longa fila de espera para atender o paciente.

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo é um hospital de referência. Nunca li, nem ouvi dizer que a Santa Casa de São Paulo esteja à beira de uma crise financeira, como esta a maioria das Santas Casas. Será porque ela é administrada por um conselho que tem um número significativo de empresários? Pode ser mera coincidência.

Toda organização que não tem político de carreira no seu conselho de administração funciona. O Serviço Social da Indústria funciona. O SESI é mantenedor de escolas, áreas de recreação e atividades culturais mantendo inúmeros grupos teatrais e cinemas.

O principal motivo para o sucesso da administração do SESI é que a receita advinda da arrecadação não passa pelo governo e muito menos pelo Congresso. Não pense que a indústria custeia o SESI. Quem paga as contas do SESI é a população. No preço do produto acabado estão todos os encargos.

Se a administração do SESI oferece às famílias, ligadas à indústria, educação, cultura e convívio social, fruto desta boa administração, por que não adotar este modelo de administração para a saúde em nosso país?

O Governo não se preocupa em estocar medicamentos. Prefere estocar aeronaves Rafales e submarinos. Neste pacote de compras de produtos franceses não foi incluído medicamentos e nem perfumes. Um para curar. Outro para evidenciar o encanto da beleza da mulher brasileira.

Quando falamos em estoque, logo pensamos em mercadorias empilhadas no depósito. Mas ninguém pensa que existe um estoque de pessoas querendo construir uma sociedade com mais saúde, cultura e vida social. Este estoque é uma multidão que não faz parte da política partidária e não fazendo parte estão alijadas da administração do Estado. Povo é matéria prima da sociedade.

Produtos não são mais estocados. É uma opção administrativa. Sem estoque a empresa não mobiliza capital de giro, que pode ser matéria prima ou produto acabado.
O comércio vende produto acabado. Se não houver estoque o prejuízo será somente a venda não realizada. Na indústria é diferente. A fábrica tem que estar preparada para iniciar a produção assim que as vendas forem efetuadas. Se não houve estoque, o processo de industrialização pode não ser concluído dentro do prazo de entrega do produto acabado. Não entregar no prazo gera prejuízo à imagem da fábrica.

As farmácias não estocam mais medicamentos. Farmácia é um estabelecimento comercial. Se não houver no estoque o remédio prescrito pelo médico, o prejuízo é da farmácia. Deixou de vender. O paciente vai procurar outra farmácia.

Alguns medicamentos não são estocados em farmácias. Soro antiofídico cura a picada de cobra. Deve ser medicamento. Vacina previne. Vacina é medicamento? Não sei. Só sei que soro e vacina não são vendidos em farmácia. Por quê?

Esta semana a mídia publicou uma notícia alarmante. Alarmante para quem se preocupa com o povo pobre do nosso país. O povo rico procura tratamento na França ou na Suíça. A notícia alarmante é a seguinte: o estoque de remédio para a gripe influenza A (H1N1) só daria para atender 5% da população do Brasil. Quem deu esta notícia foi o Laboratório Roche, com sede na Suíça, que fabrica o medicamento. Desde que começou a pandemia o governo disse que tudo está sobre controle. Acreditar em quem? No governo ou no fabricante que vende o medicamento ao governo do Brasil?

A notícia só é alarmante porque a Organização Mundial da Saúde recomenda que o estoque de vacinas ou medicamentos seja suficiente para atender 25% da população. No nosso caso só 5% seriam atendidos. Existe falta de outros medicamentos, mas não é alarmante. Não é alarmante porque ninguém sabe. Ninguém?

70% do povo brasileiro não têm plano de saúde. Todo mundo sabe por quê. Custa caro. A população é pobre. Não tem poder aquisitivo para pagar. Ao pobre só resta o Sistema Único de Saúde. Que é precário e uma longa fila de espera para atender o paciente.

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo é um hospital de referência. Nunca li, nem ouvi dizer que a Santa Casa de São Paulo esteja à beira de uma crise financeira, como esta a maioria das Santas Casas. Será porque ela é administrada por um conselho que tem um número significativo de empresários? Pode ser mera coincidência.

Toda organização que não tem político de carreira no seu conselho de administração funciona. O Serviço Social da Indústria funciona. O SESI é mantenedor de escolas, áreas de recreação e atividades culturais mantendo inúmeros grupos teatrais e cinemas.

O principal motivo para o sucesso da administração do SESI é que a receita advinda da arrecadação não passa pelo governo e muito menos pelo Congresso. Não pense que a indústria custeia o SESI. Quem paga as contas do SESI é a população. No preço do produto acabado estão todos os encargos.

Se a administração do SESI oferece às famílias, ligadas à indústria, educação, cultura e convívio social, fruto desta boa administração, por que não adotar este modelo de administração para a saúde em nosso país?

O Governo não se preocupa em estocar medicamentos. Prefere estocar aeronaves Rafales e submarinos. Neste pacote de compras de produtos franceses não foi incluído medicamentos e nem perfumes. Um para curar. Outro para evidenciar o encanto da beleza da mulher brasileira.
Quando falamos em estoque, logo pensamos em mercadorias empilhadas no depósito. Mas ninguém pensa que existe um estoque de pessoas querendo construir uma sociedade com mais saúde, cultura e vida social. Este estoque é uma multidão que não faz parte da política partidária e não fazendo parte estão alijadas da administração do Estado. Povo é matéria prima da sociedade.