O império da corrupção
e do desgoverno que toma conta da República Federativa do Brasil precisa ser
detido e os responsáveis depostos de seus tronos. A proclamação da República no
Brasil trouxe em seu ventre a disputa pelo poder. Algumas pessoas acreditam que
a disputa pelo poder é saudável. Penso que não é.
É preciso reinventar um
mecanismo de governo semelhante ao Império do Brasil. O Brasil tinha tudo para
dar errado. Dom Pedro I conseguiu criar um país próspero. Embora até o passado
no Brasil seja incerto, não será possível implantar a monarquia e restabelecer
o Império do Brasil.
Político não atira em
seu próprio pé. Tampouco faz cortes nas despesas com assessores e verbas de
gabinetes. Muito menos em seus faraônicos salários. Com tanta corrupção e desgoverno
em todos os níveis de governo, denunciados pela imprensa, confirmados pela
Polícia e ratificados pelo Poder Judiciário, não seria esta a hora certa e
exata de promover uma reforma política e administrativa no Brasil? Infelizmente
movimento de rua não leva a nada. A não ser que seja como foi a Queda da
Bastilha.
O primeiro tiro no pé
do político seria a implantação do voto distrital e extinguir a
proporcionalidade nas eleições legislativas. Tomando como exemplo as Câmaras de
Vereadores de Birigui e Araçatuba, poucos se reelegeriam. Provavelmente os
grandes nomes da política nacional também desapareceriam. Seria o formato mais
justo para o povo escolher o seu representante. Utopia. Os caciques de partidos
precisam dos índios para conseguir o quociente eleitoral para se elegerem.
Alguns dos vinte e seis
Estados da Federação gastam mais que arrecadam. Entretanto, estes Estados
continuam existindo. O mesmo acontece com inúmeras cidades. 92% dos municípios
brasileiros estão nesta situação. Gastam mais que arrecadam. Alguém tomou
alguma providência? Não tomaram e nem tomarão.
Posto de saúde não dá
lucro, mas ele existe porque pagamos os impostos para que suas despesas sejam
custeadas. Porque saúde é um dever do Estado e um direito do povo. Estados e
municípios que não têm receita suficiente para sobreviver deveriam ser
extintos. Entretanto, extingui-los é o mesmo que retirar uma teta do úbere da
vaca, que fornece leite a grupos de políticos, que se perpetuam no poder. Não
seria esta a hora certa e exata para promover mais uma reforma política e
administrativa no Brasil?
A primeira proposta foi
o voto distrital sem proporcionalidade. A segunda é implantação do
parlamentarismo. Funcionava muito bem no Império. O Brasil tinha o Imperador,
mas o Gabinete administrava. No parlamentarismo o Gabinete tem que ser
eficiente. Se não for, toma-se a mesma decisão do patrão para com um empregado
improdutivo. Demite e contrata outro. Não precisa processo de impeachment.
Não é preciso pagar
passagem para viajar pelo mundo da imaginação. No mundo real não existe
parlamentarismo municipal. No mundo da imaginação pode existir. Então vamos
criar o parlamentarismo municipal em Birigui.
O povo através do voto
distrital e sem proporcionalidade escolhe os vereadores. Um dos vereadores será
escolhido pelos demais para ser o prefeito. E este organizar o seu gabinete. Birigui
e os demais municípios precisam de bons administradores. Não precisam de
caciques donos de partidos.
Se o prefeito escolhido
pela Câmara não for bom administrador ou corrupto, através de um voto de
censura, a Câmara extingue o gabinete e forma outro.
Voltando ao mundo real.
Quantos processos os prefeitos e ex-prefeitos de Birigui e Araçatuba respondem
na Justiça e não foram cassados?
É possível criar um
Império justo no Brasil. Não precisa ter a Família Imperial.